Laiane Cruz
O Comandante do Policiamento Regional Leste (CPRL), coronel Luziel Andrade, informou que a polícia já identificou os suspeitos de incendiar um ônibus coletivo no início da manhã de ontem (25), no bairro Aviário, em Feira de Santana.
Por conta do ato criminoso, uma onde de terror se espalhou pelo bairro. Estabelecimentos fecharam as portas e as escolas suspenderam as atividades. Os ônibus do transporte urbano também pararam de circular e só retornaram hoje (26) com escolta policial.
Uma moradora, que não quis ser identificada, informou ao Acorda Cidade que um grupo chegou com galões e incendiou o veículo. “Esse incêndio aconteceu às 6h, foram seis pessoas. Mandaram os funcionários do ônibus descer e tocaram fogo. Moro há poucos metros do local. Tava muito alto o fogo e ninguém tentou apagar”, disse a mulher.
O coronel Luziel Andrade esclareceu que uma operação vinha ocorrendo há cerca de dois meses para tentar prender o líder de uma facção que atua no bairro. Na madrugada de quarta para quinta ocorreu um confronto e o suspeito morreu.
“Ocorreu esse incêndio e de imediato nós reforçamos a segurança na área com as guarnições especializadas, intensificamos o policiamento, passamos a averiguar as motos que passavam no percurso, haja vista que os elementos, que já estão identificados, atuaram em duas motos. Procuramos após isso levar tranquilidade para a população do bairro”, afirmou Luziel Andrade.
Ele salientou ainda que o suspeito identificado como líder da facção e que morreu durante o confronto possuía uma vasta ficha criminal. Em relação às ordens dadas por membros da facção para os moradores se recolherem, o coronel pediu que a comunidade não se sinta intimidada.
“O problema da segurança pública não é só da Polícia Militar, mas também da sociedade nos bairros. Se as pessoas não se unirem e nós não tivermos uma força como a Polícia Militar, que é o braço forte da sociedade, se soltam um balão e as pessoas fecham, as escolas suspendem as aulas, se as pessoas aceitarem a pressão das pessoas do mal, vão ficar presas dentro de casa, vão levar o presídio para dentro de casa”, disse.
Ele destacou que a operação policial não tinha como objetivo ceifar a vida de ninguém, era prender e entregar à Justiça. O coronel entende também que o ataque ao coletivo foi um ato de vandalismo que buscou intimar os moradores.
“Cabe às pessoas tomarem consciência disso, se querem isso pra elas. Se querem morar em um bairro onde os elementos mandam fazer isso e aquilo, pintam a casa de alguém, e as pessoas aceitam. A polícia não vai recuar. A polícia em momento algum vai deixar de entrar em qualquer bairro que seja e fazer a operação pra prender quem quer que seja. Não queremos que a comunidade faça confronto com o marginal, mas nós somos o braço forte da sociedade e esse feedback tem que acontecer.”
Com informações e fotos do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.
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