Laiane Cruz
Foi aprovado, na manhã desta quarta-feira (17), em primeira discussão, na Câmara de Vereadores de Feira de Santana, o projeto que prevê um empréstimo de R$ 130 milhões pela prefeitura municipal. Foram 18 votos a favor e dois contra a solicitação de autorização do empréstimo enviada pelo prefeito Colbert Martins, na última quarta-feira (10).
O objetivo do projeto é a requalificação do centro comercial do município e a compra de equipamentos, por meio de um empréstimo R$ 100 milhões da Caixa Econômica Federal e R$ 30 milhões do Banco do Brasil.
O presidente da Casa Legislativa, o vereador José Carneiro, informou que houve algumas reuniões entre os vereadores e uma equipe técnica da Secretaria de Planejamento do município para detalhar o projeto e a forma como os recursos seriam aplicados.
“Se foi aprovado pela maioria é porque houve o entendimento de que é interessante para a cidade a requalificação do centro. O projeto diz que será requalificado com nivelamento dos passeios e alargamento, entre a Presidente Dutra e a Rua Carlos Valadares, e da Rua Barão do Cotegipe até a Praça dos Tropeiros. Está incluída também no projeto a aquisição de maquinários, como patrol, pá garregaderia etc, que são realmente interessantes, pois sabemos que a frota hoje da prefeitura é reduzida e é uma frota antiga, que quebra constantemente. Além de outras ideias, como as ciclovias, que serão construídas com esses recursos, bem como o alargamento ou duplicação da Avenida Nóide Cerqueira”, afirmou José Carneiro.
O vereador Alberto Nery, que é líder da bancada de oposição na Câmara, votou contra o empréstimo, juntamente com o vereador Zé Filé. Segundo ele, os problemas do centro comercial de Feira de Santana ocorrem desde a gestão anterior. Além disso, ficou acordado que cada vereador receberia uma cópia do projeto detalhando como os recursos deverão ser aplicados, o que, de acordo com Nery, não aconteceu.
“Eu não vou assinar um cheque em branco ao prefeito Colbert Martins para a tomada desse empréstimo, pois nós precisamos também da prestação de contas dos R$ 90 milhões que foram tomados também na Caixa Econômica Federal para o BRT e mais sete milhões que foram colocados pelo poder público municipal. Desses recursos já foi iniciado o pagamento do liquidamento. E os recursos arrecadados do IPTU estão sendo direcionados para que, em que obras estão sendo investidas?”, questionou.
Com informações e fotos do repórter Paulo José do Acorda Cidade.