Feira de Santana

Projeto de requalificação do centro comercial de Feira vai contemplar 800 mil metros quadrados

Carlos Brito explicou que neste momento será feita a contratação da operação financeira, a ideia do projeto já está pronta, e ele acredita que até junho de 2019, a prefeitura deve dar início às obras.

Laiane Cruz

O prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins, e o secretário municipal de Planejamento, Carlos Brito, apresentaram na manhã desta quinta-feira (11) detalhes do projeto de requalificação do centro comercial de Feira de Santana, que está orçado em R$ 130 milhões. O pedido de autorização do empréstimo junto à Caixa Econômica Federal e ao Banco do Brasil foi enviado à Câmara de Vereadores na manhã de ontem (10) e aguarda o parecer da Casa Legislativa.

De acordo com o secretário Carlos Brito, se aprovado, o dinheiro servirá para requalificar cerca de 800 mil metros quadrados do centro comercial da cidade, numa poligonal que começa na Praça do Tropeiro, no Centro de Abastecimento, vai até a Barão de Cotegipe, a Carlos Valadares de um lado e a Presidente Dutra do outro.

“Tem uma área de intervenção de 800 mil metros quadrados, onde teremos 17 mil metros quadrados de requalificação de praças, 29 mil de requalificação de calçadões, 28 mil metros de passeios; vamos criar ciclovias e ciclofaixas, numa média de quase 30 quilômetros dentro e fora da poligonal; vamos botar faixas de pedestres elevadas; concertar meios-fios, rampas de portadores de necessidades especiais, piso podotátil para deficientes visuais; vamos melhorar sinaleiras; buscar requalificar a mobilidade e evitar que a cidade fique numa situação difícil quando os ambulantes estiverem no Centro Comercial Popular. Além disso estamos prevendo a duplicação do viaduto da Nóide”, afirmou o secretário.

Carlos Brito explicou que neste momento será feita a contratação da operação financeira, a ideia do projeto já está pronta, e ele acredita que até junho de 2019, a prefeitura deve dar início às obras.

“São muitas coisas para serem implementadas. Tem drenagem, saneamento básico. É isso que o prefeito Colbert está fazendo, buscando dar a Feira um centro comercial digno do tamanho da cidade. A Maria Quitéria, por exemplo, vai ganhar uma ciclovia, que vai do Palace até a entrada da Fraga Maia e vamos colocar bicicletários no Terminal Central. É um projeto macro que vai ser licitado ainda. Estamos agora contratando a operação financeira e até fevereiro o projeto estará pronto”, destacou.

Sobre as obras do BRT, o secretário Carlos Brito informou que neste momento a prefeitura está construindo a central de controle operacional na Avenida Rio de Janeiro, executando a estação da Airton Sena e finalizando o túnel liner. “Está tudo andando dentro do processo e a obra deve ficar pronta até o final desse ano.” 

Foto: Paulo José/ Acorda Cidade

O superintendente da Caixa Econômica Federal, em Feira de Santana, Gilberto Reis, afirmou que a prefeitura já encaminhou a solicitação de empréstimo, que é dividido em duas etapas: uma de R$ 60 milhões e outra de R$ 40 milhões. Segundo ele, cada valor tem uma destinação específica.

“Os dois projetos estão andando em paralelo. Estamos com uma etapa bem avançada e devemos estar assinando o mais rápido possível. A prefeitura terá uma carência de dois anos para começar a pagar o empréstimo e um prazo de amortização de oito anos, ou seja, 96 meses. O empréstimo total é de R$ 100 milhões e as parcelas vão ser liberadas de acordo com os projetos e o cronograma que forem apresentados à Caixa Econômica”, esclareceu.

Ele informou ainda que, a partir do momento em que for assinado o contrato, a primeira parcela do empréstimo será liberada após 30 dias. Gilberto Reis salientou que a prefeitura foi bem avaliada pela área de risco da Caixa, pois tem a parte financeira saneada, bem administrada e dentro desses projetos que estão prestes a serem assinados, existe também uma etapa que fala da modernização da administração da máquina pública.

“Para o BRT a prefeitura tomou um empréstimo de R$ 90 milhões, as obras já estão perto de ser encerradas, e esse financiamento pleiteado vai servir para complementar as necessidades de mobilidade urbana que foram geradas a partir do BRT. A partir do término da obra é que a prefeitura vai começar a pagar o empréstimo do BRT, que é de 20 anos. A Caixa está acompanhando e dando todo apoio, e tem um representante da Caixa que fica à disposição da prefeitura para dar apoio a todas as secretarias.”

Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade

O prefeito Colbert Martins disse que espera que a Câmara de Vereadores faça uma avaliação adequada da proposta, uma vez que a prefeitura não tem os recursos para a realização da obra e necessita do empréstimo.

“É preciso uma intervenção grande em várias áreas da cidade. Eu fui alertado pela Caixa Econômica que temos que ter pressa, porque existem outros interesses nesse momento que são convergentes. O orçamento termina no dia 31, mas o Congresso só funciona até o Natal. Se a Câmara entender, vamos ter um grande investimento no centro da cidade. Há quantos anos Feira não faz um investimento grande na sua área central?”, questionou.

Colbert afirmou também que os investimentos continuam nos bairros periféricos. “O pacote de obras que foi deixado pelo ex-prefeito José Ronaldo, continuamos colocando em prática. Estivemos, inclusive, no Ministério das Cidades buscando recursos a fundo perdido, para que possamos fazer novos investimentos. É o início de alguma coisa que está colocada no papel. Estou seguindo o que o ex-prefeito José Ronaldo deixou. É preciso colocar o Plano de Mobilidade Urbana para funcionar.”

Com informações dos repórter Paulo José e Ed Santos do Acorda Cidade.

 

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