Andrea Trindade
Durante entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (8), em Feira de Santana, o ex-prefeito José Ronaldo de Carvalho comparou os votos que teve na Bahia em sua candidatura ao governo do estado aos votos do governador reeleito, Rui Costa, e disse que apesar do curto tempo que teve para a campanha conseguiu conhecer o estado profundamente.
“A campanha não saiu desunida, saiu atrasada. Não há a menor dúvida disso. Foi uma campanha curta, de apenas seis meses, mas foi boa e não me faltou espaços para visitar. Meu maior problema por ter uma agenda curta foi não ter tido como visitar mais municípios na Bahia. Visitei em torno de 210 municípios, tinha mais 120 municípios para conhecer, mas não consegui. Repito, foi uma campanha muito curta, acho que esse foi o maior problema”, enfatizou.
José Ronaldo disse que foi difícil fazer uma campanha em um estado tão grande como a Bahia, e que tomou uma decisão correta ao apoiar o candidato Jair Bolsonaro à Presidência da República.
“Uns disseram que eu devia ter anunciado o apoio a Bolsonaro antes, outros disseram que eu não devia apoiar. Cada cabeça é um mundo. Se no futebol tem muita discussão, imagine na política. Acho que foi como Deus quis. Sou um homem de muita fé em Deus, decidi falar na hora que tinha muitas pessoas assistindo ao debate. Foram mais de um milhão de pessoas assistindo, foi feita no momento certo e dei sorte de eu ser o último candidato a fazer as considerações finais. Na hora eu disse ‘agora é comigo, vou ter que fazer isso’ e fiz de forma consciente. Não foi combinado com ninguém, foi um ato meu. Acho que me ajudou, comecei a receber muitas ligações, e as visitas que comecei a fazer me fortaleceram muito”, declarou.
“Em Luís Eduardo Magalhães, empatei a votação com o governador Rui Costa com a diferença de apenas um ponto percentual, em Barreiras – tive acima da média, mais de 32% dos votos lá. Em Teixeira de Freitas tive quase 40% dos votos e em Eunápolis eu empatei a eleição com o governador com uma diferença de apenas um ponto (…). Isso mostra que a atitude que tomei foi correta dentro do mundo político. Esperava dificuldade nesta eleição porque fazer campanha em um estado que é do tamanho da França não é fácil (…). É uma logística impressionante fazer uma campanha dessa. Não há menor dúvida de que aprendi muito. Posso afirmar que hoje conheço a Bahia profundamente politicamente, administrativamente e economicamente”, continuou.
José Ronaldo agradeceu pelos votos recebidos e disse que a campanha, apesar de difícil, foi prazerosa.
“Foi uma boa luta. Na minha idade, não me senti cansado, senti prazer. Sou grato a todos que foram corretos comigo, todo dia e toda hora junto, e mesmo sabendo que era uma campanha de dificuldade, souberam ser amigos na hora da alegria e da tristeza (…). Em 2020, participarei da eleição em Feira de Santana ao lado de amigos, tanto para o executivo quando para o legislativo, e participarei também com certeza em outros municípios. Serei muito amigo destes amigos que foram meus amigos na eleição de governador. Vou a municípios que abriram as portas para mim. Vou aos municípios que me permitiram palanque, vou retribuir. Há uma frase que diz que a gratidão é a memória do coração e vou fazer isso”, afirmou.
José Ronaldo foi o segundo colocado na eleição para governador da Bahia com 1.502.266 votos (22,26%), sendo 147.930 votos em Feira de Santana. Em Feira, Rui Costa teve 133.761 votos. Em toda a Bahia, o governador foi reeleito com 5.096.062 votos (75,50%).
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade