Eleições 2018

Ibaneis e Rollemberg disputam 2º turno para o governo do DF

Segundo turno foi confirmado pelo TSE às 18h38, com 98,13% das urnas apuradas. Rogério Rosso ficou em terceiro.

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Os candidatos Ibaneis (MDB) e Rodrigo Rollemberg (PSB) vão disputar o segundo turno para o governo do Distrito Federal nas eleições de 2018.

O resultado foi confirmado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) às 18h38– menos de 100 minutos após o fim da votação, às 17h. Foi o primeiro resultado confirmado em todo o país.

No início da campanha eleitoral, o nome de Ibaneis aparecia junto aos candidatos “nanicos”, com 2% das intenções de votos. Naquele momento, a primeira colocação nas pesquisas era de Eliana Pedrosa, com o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) e os deputados federais Alberto Fraga (DEM) e Rogério Rosso (PSD) nas posições seguintes.

O candidato à reeleição, Rodrigo Rollemberg (PSB), nunca liderou os levantamentos de intenção de voto. Vários cenários chegaram a mostrar que ele não chegaria ao segundo turno. Na última semana de campanha, ele “encostou” nos candidatos do “segundo pelotão”, ficando tecnicamente empatado com Pedrosa, Fraga e Rosso.

Nas pesquisas da véspera, divulgadas neste sábado (6) pelo Ibope e pelo Datafolha, os institutos apontaram que “não era possível definir quem enfrentaria Ibaneis no segundo turno”.

Ibaneis (MDB)

Ibaneis Rocha Barros Junior, de 47 anos, disputa um cargo público pela primeira vez. O advogado e empresário foi presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no DF de 2013 a 2015. Hoje, ele exerce o cargo de conselheiro federal no órgão.

O candidato, que nasceu e fez carreira em Brasília, passou parte da infância e da adolescência em Corrente (PI). Ele se formou em direito pelo UniCeub, se pós-graduou em processo do trabalho e processo civil, e é mestrando em gestão e políticas públicas pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa.

Filiado ao MDB em 2017, Ibaneis disse que escolheu o partido por estrutura e tempo de televisão. O candidato encabeça a coligação com Avante, PP, PSL e PPL. O vice da chapa é o empresário Paco Britto, presidente regional do Avante – em 2010, Britto foi candidato a suplente ao Senado na chapa de Alberto Fraga (DEM).

Ibaneis é o postulante ao governo do DF com o maior patrimônio declarado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entre os 11 concorrentes: R$ 93.720.602,57.

O advogado usou parte da fortuna pessoal para bancar a própria campanha: todos os R$ 2.850.000 utilizados na corrida eleitoral foram arrecadados por meio de recursos próprios.

No plano de governo registrado no TRE, Ibaneis promete explorar o conceito de "cidade inteligente", prometendo uso de tecnologia em áreas como saúde, segurança, mobilidade, educação e meio-ambiente.

Rodrigo Rollemberg (PSB)
 

Rodrigo Sobral Rollemberg, de 59 anos, nasceu no Rio de Janeiro, mas mora em Brasília desde que tinha 1 ano. Formado em história pela UnB, está filiado ao PSB desde 1985.

Candidato à reeleição após quatro anos no Palácio do Buriti, Rollemberg foi deputado distrital duas vezes, deputado federal duas vezes e senador. Também trabalhou como secretário de Turismo no governo de Cristovam Buarque e como secretário nacional de Inclusão Social no Ministério de Ciência e Tecnologia, durante o primeiro governo Lula.

Na tentativa de obter o segundo mandato, Rollemberg alterou praticamente toda a coligação. Em 2014, se aliou a PDT, PSD e SD. Desta vez, fechou com PCdoB, PDT, PV e Rede.

Parte da mudança foi causada pelo “racha” com o vice-governador Renato Santana (PSD), hoje candidato a deputado federal pela oposição. O atual candidato a vice na chapa de Rollemberg é Eduardo Brandão (PV).

Após um primeiro mandato focado em equalizar as contas do Distrito Federal, Rollemberg batizou a proposta de governo de 2019–2022 como “Casa arrumada, hora da virada”. Diversas vezes, o governador afirmou ter encontrado as contas públicas em “situação caótica”.

Rollemberg também focou em concessões e parcerias público-privadas. O projeto mais ambicioso, porém, não saiu do papel – o Arenaplex, formada pelo estádio Mané Garrincha, o ginásio Nilson Nelson e o complexo aquático Cláudio Coutinho, acabou barrado pela Justiça.

Fonte: G1

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