Educação

Aumento de vagas em creches e combate ao bullying: as propostas dos presidenciáveis para a educação

Dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad) apontou que o Brasil tem cerca de 11,5 milhões de analfabetos.

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Na medida em que o primeiro turno se aproxima, os candidatos à presidência da República reforçam, em meio a ataques a outros presidenciáveis, suas propostas de governo para o Brasil. A educação é um dos temas de maior demanda da população e mais recorrente em debates. Dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad) apontou que o Brasil tem cerca de 11,5 milhões de analfabetos.

Nos debates já vistos entre os presidenciáveis, Ciro se orgulha em apresentar os dados do Ceará na área e faz questão de repetir que 77 das 100 melhores escolas públicas do Ensino Fundamental no país estão no estado em que foi governador. Para Ciro, é preciso uma revolução no sistema educacional brasileiro.

“Nós precisamos fazer uma revolução na educação brasileira em dois rumos. Um rumo é o mais complexo. Nós precisamos trocar a escola do decoreba, em que a gente ensina um pouquinho raso de tudo para nossa criançada. As vocações das nossas crianças se formam aos 3 primeiros anos de idade. De maneira de que se nós não acolhermos o filho do pobre com alimentação, assistência médica odontológica na primeira infância, nós já estamos condenando esse filho do pobre a uma competição absolutamente selvagem e desigual em todas as etapas da vida”

Jair Bolsonaro dedica 7 páginas de seu plano de governo para falar sobre educação. No entanto, mais apresenta número das atuais condições educacionais do que efetivamente propostas. Para o capitão reformado, países como Coreia do Sul e Japão são exemplos a serem seguidos.

“Andei na Ásia, fui em Israel. Vi como funciona essa questão lá. Qual a diferença entre aquela garotada e a nossa? Tem que ter recursos? Sim. Mas uma reforma mais importante do Fundeb seria a questão curricular. Não podemos continuar no vexame do exame do Pisa, onde a garotada de 15 anos de idade, 70% não sabe fazer uma regra de três. Ou 70% também não sabe uma interpretação de texto, e tem seríssimas dificuldades para resolver questões voltadas à ciências. Essa é a grande reforma que nós precisamos”.

Candidato pela primeira vez à presidência da República, Henrique Meirelles (MDB) tem como principal proposta na área da educação a criação do programa Pró-Criança, uma espécie de ProUni para as creches.

“Nós temos que investir começando nas creches, principalmente para aquelas mães que trabalham. Principalmente visando diminuir a desigualdade no país e criar uma força de trabalho, a longo prazo, mais qualificada. O Governo Federal deve sim fazer repasses ao ensino municipal porque quase 70% das crianças brasileiras estão em escolas municipais, mas medindo desempenho”.

Já Fernando Haddad, do PT, tem foco no ensino médio e pretende integrar escolas públicas estaduais com escolas técnicas.

“Cuidar do que já estava sendo cuidado, e vinha reagindo, mas ter um foco especial no ensino médio. Qual a proposta? Que a nossa rede federal de escolas técnicas, que elas adotem o ensino médio público do país, para recuperar essas escolas. Então cada escola federal vai ser responsável por uma, duas ou três escolas estaduais. Começando pelas de pior desempenho, maior evasão, para promover aquelas escolas”.

Marina Silva, da Rede, caso eleita, pretende ampliar a oferta de creches para crianças de 0 a 3 anos, dos atuais 30% para 50%, e universalizar a educação infantil na faixa etária de 4 a 5 anos. Já Geraldo Alckmin (PSDB) vai dar prioridade à educação básica. Uma das metas do tucano é zerar a fila de crianças de 4 a 5 anos em creches.

O primeiro turno das eleições está marcado para o dia 7 de outubro, das 8h às 17h. Caso haja segundo turno, a votação será no dia 28 de outubro. Ao todo, 13 candidatos concorrem à presidência da República.

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