Rachel Pinto
Na Praça do Cordel, um dos espaços da Feira do Livro, Festival Literário e Cultural de Feira de Santana (Flifs), durante um recital de cordel, uma espectadora em especial chamava atenção pelo seu entusiasmo e encantamento ao assistir a apresentação.
Os olhos atentos às palavras recitadas refletiam o azul das flores estampadas no seu vestido, além da lucidez e sabedoria de 93 anos de vida dedicada à leitura e ao conhecimento.Sentada no meio da plateia, por alguns instantes a professora aposentada Maria Beatriz parou para contar um pouco da sua história e sua relação com a Flifs. Há dez anos ela participa do evento e faz questão de circular por todo espaço, interagir com as pessoas e todo o universo literário.
Foto: Milena Brandão/Acorda Cidade
O hábito de ler vem desde muito cedo, passou pela profissão de professora que exerceu durante muitos anos e atualmente é um hobby e exercício para a mente e para a alma. Ela diz que gosta de livros religiosos e o contato com com a leitura é um alimento para a vida.
“Eu participo da Feira do Livro desde o segundo ano. Gosto muito de literatura e leio muito. Tenho meus livros de cabeceira e gosto de conhecer pessoas e coisas novas”, comentou.
A literatura enquanto elo e encontro de gerações, culturas e povos é um dos significados da Flifs que recebe gente de toda a cidade e região, de todas as idades e diferentes costumes. Muitos grupos escolares se fazem presente no evento e há uma troca de saberes fantástica que aguça os sentidos e desperta os mais nobres sentimentos.
Foto: Milena Brandão/Acorda Cidade
A estudante Fernanda Pereira de Souza estava radiante por visitar a Feira do Livro e levar para casa seu livro favorito. Ela recebeu o vale livro e relatou que com a leitura pode viajar por diversos lugares.
“É a segunda vez que eu venho à Feira do Livro. Mas esse foi o primeiro ano que eu recebi o vale-livro. Troquei pelo livro “Diário Secreto”. Também tenho diário e gosto de escrever. Leio muito e tudo isso é muito prazeroso”, relatou.
Questionada sobre o espaço do livro em tempos que a internet e o smartphone protagonizam a vida das crianças, jovens e demanda muito tempo, Fernanda foi firme em responder.
“Gosto do celular, de usar a internet. Mas, é claro que o livro tem o seu lugar especial”, acrescentou.
Foto: Milena Brandão/Acorda Cidade
Foto: Milena Brandão/Acorda Cidade