Saúde

Hospital Roberto Santos investe em música para cuidado mais humanizado

Uma das organizadoras do projeto, a psicóloga Nicolle Melo esclarece que a proposta é aberta a todos os profissionais de saúde do hospital, que podem se voluntariar para participar da iniciativa.

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A emoção tomou conta do Centro de Terapia Intensiva do Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), na tarde desta quarta-feira (26), durante o lançamento do projeto ‘Visita Cantada’. A ação envolve profissionais de saúde da unidade, que levam música para pacientes internados nas Unidades de Terapia Intensiva, com o objetivo de oferecer um atendimento mais humanizado.

Fotos: Paula Fróes/GOVBA

Inicialmente, o projeto será realizado uma vez por semana, durante o horário de visitas, para que os familiares também participem. “Buscando a humanização e o melhor conforto para pacientes que estão em Unidade de Terapia Intensiva, que são geralmente mais graves, nós identificamos junto com alguns profissionais que a música proporciona ao paciente uma resposta melhor ao tratamento. Já existem estudos científicos que comprovam esse bem-estar do paciente. Esse tipo de ação pode levar até a uma alta mais precoce a partir da redução do stress do internamento”, explica o diretor-médico do HGRS, André Durães.

Uma das organizadoras do projeto, a psicóloga Nicolle Melo esclarece que a proposta é aberta a todos os profissionais de saúde do hospital, que podem se voluntariar para participar da iniciativa. “A ideia é levar música para todas as unidades do hospital, como as UTIs, enfermarias e emergência. Hoje o projeto conta com duas psicólogas e cinco assistentes sociais. A proposta é que toda a equipe, incluindo médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, possa aderir ao nosso projeto. A música é o nosso grande recurso terapêutico”, esclarece.

Fotos: Paula Fróes/GOVBA

Internada há uma semana na UTI cardiovascular, a paciente Edineide Gama não segurou a emoção. “Eu estava dormindo e comecei a ouvir a música. Fui achando que era um sonho, mas acabei despertando. Música é algo importantíssimo para as nossas vidas porque mexe com a nossa emoção, com a alma. Estar numa UTI é um momento muito solitário, e a música me faz muita falta. Foi um momento lindo que vivenciei aqui”.

A psicóloga Quézia Menezes toca violão no projeto. Para ela, a iniciativa representa o encontro de duas paixões: a música e a psicologia. “Eu fiquei muito feliz de participar. Ver os profissionais e a diretoria abraçando este projeto é muito prazeroso. É poder ampliar o nível de tratamento oferecido às pessoas. Consegui juntar dois trabalhos que eu amo para fazer as pessoas mais felizes”, conclui.
 

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