Polícia

Bandidos usam a internet para vender dinheiro falso em Salvador

Entre os anos de 2010 e 2018, cerca de 350 mil notas falsas foram apreendidas na Bahia, segundo levantamento da Polícia Federal.

Acorda Cidade

Entre os anos de 2010 e 2018, cerca de 350 mil notas falsas foram apreendidas na Bahia, segundo levantamento da Polícia Federal no estado. A circulação dessas notas é flagrada em transações ilegais na internet, onde é possível encontrar anúncios de venda e troca.

O Bahia Meio Dia desta terça-feira (25) mostrou que em uma rede social, um falsário que comercializa cédulas afirma que as notas estão em promoção e que passaram em todos os testes de autenticidade. A reportagem da TV Bahia entrou em contato com um dos estelionatários, que afirmou que mandaria as notas pelos Correios.

Os aplicativos de compra e venda de produtos na internet também são utilizados por criminosos para repassar dinheiro falso. Uma mulher, que preferiu não ser identificada, foi vítima de um golpe ao anunciar um celular em um aplicativo.

Ela fechou a venda por meio do aplicativo, encontrou o criminoso, entregou o produto e recebeu a quantia de R$ 300 em dinheiro falso.

"A nota estava mais dura que uma nota normal, mas como eu não sabia identificar, nem sabia como fazer para identificar a nota falsa, não quis perguntar nada, segui achando que era verdadeira. Aí fui até o caixa para pagar o que eu fui comprar e a vendedora suspendeu a nota, identificou que era falsa. As três notas eram falsas, fiquei sem saber o que fazer", contou.

As notas falsas foram entregues pela vítima à Polícia Federal. De acordo com a delegada Suzana Jacobina, fabricar, alterar, vender ou repassar dinheiro falso é crime com pena que varia entre três a 12 anos de prisão, além de multa.

"Tivemos, em agosto de 2018, a operação Cédula Fake, em que grupos fechados no Whatsapp estavam vendendo cédulas falsas. A ousadia é tão grande que eles repassavam no grupo a maneira como o comprador poderia utilizar a cédula falsa", disse.

Orientações

A Polícia Federal orienta que clientes e vendedores analisem as notas antes de recebê-las. Para conferir se são, de fato, verdadeiras, o órgão pede que sejam observadas, no contraluz, características como a presença da marca d'água, do fio de segurança e a imagem latente, que pode ser vista com a cédula posicionada na altura dos olhos.

Após ser vítima de um golpe, o gerente de uma loja, Felipe Cerqueira, passou a conferir cada nota que entra no caixa.

"A cliente veio fazer um serviço comigo e me deu duas notas falsas. É até constrangedor conferir se a nota é real na frente do cliente, mas temos que fazer isso, infelizmente", disse.

Fonte: G1
 

Inscrever-se
Notificar de
0 Comentários
mais recentes
mais antigos Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários