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Com uma área verde de aproximadamente 250 mil metros quadrados, o Jardim Zoológico de Salvador, opção de lazer para baianos e turistas, além de recanto ecológico no centro da capital, vem passando por processo de reestruturação que proporcionará, ao longo dos seus três mil metros de pista, um cenário de preservação. O espaço conta atualmente com mais de 1,4 mil animais.
Vinculado à Secretaria do Meio Ambiente do Estado da Bahia (Sema), o parque inclui em sua programação atividades de conservação, ambientação de recintos, enriquecimento do fragmento de Mata Atlântica, paisagismo e educação ambiental voltada, especialmente, às espécies ameaçadas de extinção. Das 152 espécies que habitam o local, 141 pertencem à fauna brasileira e 11 à fauna exótica silvestre.
Dividido em quatro setores, a recuperação contempla o felinário (abrigo de felinos), um novo aviário (que substitui as jaulas por um viveiro de 900 metros quadrados), um centro de referência de primatas, com obras em andamento, além da reforma da herpetologia (setor de répteis, anfíbios, insetos e aracnídeos).
Educação ambiental
De acordo com o coordenador técnico do zoológico, Vinícius Dantas, a ideia é abandonar o conceito de animais confinados, permitindo a remoção das grades, e criando um ambiente que se aproxima do hábitat natural. A nova estrutura vai permitir a troca das telas e grades por vidro, buscando o bem-estar dos animais.
Os investimentos têm permitido a reprodução dos animais em cativeiro, como o nascimento de trigêmeos ursos, da onça preta, do mico-leão da cara dourada e das aves guarás. Para quem visita o local nesse período, a novidade é a fêmea do cervo do pantanal, considerado em extinção, que está esperando um filhote.
Na área destinada aos répteis, anfíbios e aracnídeos, o visitante vai ter acesso a informações visuais. Monitores vão agregar ainda mais dados sobre os espécimes, buscando, sobretudo, a educação ambiental do público. No aviário, a proximidade é ainda maior com as espécies, já que as pessoas entram no recinto.
Enriquecido com cachoeiras e córregos, o viveiro conta com vegetação nativa de três biomas: Mata Atlântica, Caatinga e Cerrado, além de cachoeira e córregos, que proporciona às aves um local mais próximo do seu hábitat natural. Inaugurado em 2009, o felinário ganhou um aspecto que respeita o ambiente dos animais. As jaulas e grades deram lugar ao vidro laminado, tornando o espaço um centro de lazer mais atraente.