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Em 2017, a comercialização de robôs industriais bateu recorde, no mundo. Segundo a Federação Internacional de Robótica, foram comercializadas 381 mil máquinas. Enquanto países da Ásia são responsáveis por 67% dos robôs, no Brasil, foram comercializados apenas 1,5 mil robôs industriais no país, o que representa uma participação de 0,005% neste mercado.
O especialista em finanças e tecnologia, Edemilson Paraná, alerta que os dados expõem o desafio que o País tem para incorporar novas tecnologias, introduzidas no setor industrial a partir da Indústria 4.0.
“Os ganhos de produtividade para o Brasil têm sido pequenos, porque a gente não só tem recebido pouco desses avanços, como também não tem sido parte ativa na produção, na invenção, na criação e na disseminação desses avanços.”
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Um estudo realizado pela Confederação Nacional da Indústria identificou os principais problemas da indústria e encaminhou, aos candidatos à Presidência da República, propostas para aumentar a produtividade. Para o diretor nacional de Operações do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Gustavo Leal, existem dois grandes desafios que o Brasil precisa enfrentar para garantir o aumento de produtividade e competitividade na indústria.
“O primeiro desafio é preparar o jovem para essa nova realidade. E o segundo desafio, que talvez seja maior do que o primeiro, é que nós temos um volume muito grande de pessoas adultas, trabalhadoras, que também vão precisar se requalificar para continuar incluído nessa nova onda produtiva.”
O número de robôs industriais em uso em todo o planeta deve passar de três milhões, em 2020. Com a adoção destas novas tecnologias, a Federação Internacional de Robótica aponta a possibilidade da criação de 3,5 milhões de empregos. De acordo com o SENAI, a Indústria 4.0 trará 30 novas profissões. Engenheiro de cibersegurança, técnico em informação e automação e mecânico de veículos híbridos são algumas das novas profissões que devem surgir e se consolidar no mercado nos próximos cinco a dez anos.
