Feira de Santana

Exposição busca conscientizar sobre doação de órgãos em Feira de Santana

De acordo com Ana Carolina Maia, coordenadora da Captar, 639 pessoas estão hoje na fila de espera por uma córnea na Bahia.

Laiane Cruz

O Boulevard Shopping recebe até o próximo domingo (16) uma exposição sobre doação de órgãos, realizada pela organização de captação de córneas Captar. A ação visa conscientizar a população sobre o assunto, através de depoimentos de famílias doadoras e pacientes que receberam a doação, além de placas informativas respondendo às principais dúvidas acerca do assunto.

De acordo com Ana Carolina Maia, coordenadora da Captar, 639 pessoas estão hoje na fila de espera por uma córnea, mas no total entre córneas e órgãos são cerca de 1.630 pessoas em toda a Bahia.

“O objetivo dessa exposição é conscientizar a população de Feira de Santana, pois ainda há uma negativa muito grande na cidade e no estado, porque as pessoas não conhecem sobre o assunto. Pouco se fala sobre a doação de órgãos e córneas. Há pouca informação, muitas famílias chegam pra gente sem saber sobre o assunto e acabam ficando sem saber qual decisão tomar”, explicou Ana Carolina.

Ela afirma que, além de córneas, os órgãos mais esperados na fila de doação são fígado, rim e coração. No caso das córneas, quando um paciente morre, a Captar vai até o setor que comunicou o óbito, é feita uma avaliação no paciente para saber se é um possível doador, e em seguida a organização aguarda a família para conversar sobre a doação. A família autorizando, são retirados os olhos da pessoa.

“Para ser doador, a pessoa tem que ter ido a óbito, ter idade de 2 a 70 anos, uma morte com causa conhecida e autorização da família. A pessoa que recebe a doação da córnea não fica sabendo quem é o doador, pois a legislação não permite esse encontro da família doadora e a receptora. A importância é salvar vidas e não importa para quem vá”, destacou.

Ailton Araújo Rios, que visitou a exposição, considera o ato de doar órgãos um gesto fraternal e humano. “Se faz necessário que a gente seja solidário às pessoas que estão lutando pela vida. Eu sou doador e quando chegar a minha hora, quero que aproveitem tudo em mim, porque há pessoas que precisam continuar”, afirmou. 

Ele contou que resolveu ser um doador após observar ações de outras pessoas. “O bom exemplo a gente procura copiar e comecei a pesquisar a necessidade que há no nosso país, e é necessário uma campanha para conscientização de mais pessoas, porque o percentual ainda é muito pequeno e dessa forma eu resolvi ser solidário e hoje sou um doador.” 

Para Ailton a melhor forma de descrever esse gesto é um censo humanitário e amor ao próximo. “É isso que justifica a nossa estadia na Terra, afinal é a Palavra de Deus que nos assegura que devemos amar a Deus sobre todas as coisas e ao nosso próximo como a nós mesmos. E aqueles que vivem próximos a mim eu procuro também conscientizar para ser um doador.” 

Com informações e fotos do repórter Ed Santos do Acorda Cidade. 

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