Laiane Cruz
O vereador Roberto Tourinho afirmou, na manhã desta quarta-feira (12), durante discurso na Câmara de Vereadores que pretende convocar mais uma audiência pública para discutir a situação do sistema de transporte coletivo em Feira de Santana, principalmente acerca da colocação de vans na zona rural em substituição aos ônibus.
Segundo o vereador, o anúncio da retirada dos ônibus nos distritos foi feito há alguns dias pelo secretário Saulo Figueiredo, da Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), em audiência na Câmara, que contou também com a presença de representantes e moradores da zona rural.
“Estivemos acompanhados de moradores da localidade de Alecrim Miúdo, onde devem ser transportadas em torno de mil pessoas por dia para a zona urbana, nos mais variados horários. Nessa audiência estiveram também os moradores da Fazenda Salgada, no distrito da Matinha, próximo de Santa Quitéria, que possui ônibus, e na Salgada é van. Em Santa Quitéria a população não quer que tirem os ônibus, e na Fazenda Salgada a população reclama do atendimento das vans. Mas o secretário afirmou que estão sendo feitos estudos, porém a população está muito preocupada”, afirmou Roberto Tourinho.
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Ele disse que está sendo constantemente procurado por pessoas da zona rural, que estão insatisfeitas com a mudança. Um dos questionamentos é se existe um número satisfatório de vans para atender a demanda, ou se elas estarão lá apenas nos horários de grande movimento. Outra questão é como as pessoas da zona rural irão transportar suas mercadorias, já que as vans são veículos de porte pequeno.
“Há uma insatisfação. Vamos manter o contato com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Zé Grande, para juntos promovermos uma audiência pública na Câmara para discutirmos esse assunto. Eu sou um crítico do sistema de transporte coletivo em Feira de Santana e é sabido por todos que as empresas São João e Rosa prestam um péssimo serviço ao povo. Não cumprem horário, tarifas caras, ônibus que não estão atendendo regularmente aqueles bairros aonde o número de passageiros é menor. Então não há absolutamente nada o que comemorar com relação ao transporte coletivo. E não podemos aceitar que o homem do campo seja prejudicado”, salientou.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.
