A Igreja reserva setembro como o mês da Bíblia. Imagine um livro que levou cerca de 2.000 anos para ser escrito. A Bíblia é esse livro. Hoje, é relativamente fácil lê-lo. Escrever é que demorou. Dos patriarcas até Jesus, foram 20 séculos. A Bíblia, considerada o livro dos livros, é o maior bestseller de todos os tempos.
EM UM MUNDO onde milhões de palavras são transmitidas por segundo e quando as mensagens de hoje, pouco valerão amanhã, é sempre necessário lembrar que existem palavras eternas. Palavras que não passam. Jesus disse: “As minhas palavras não passarão” (Mc 13,31). Nenhuma voz atinge profundamente pessoa humana como a Palavra de Deus.
MUITOS tem medo de ler a Bíblia porque ela denuncia a opressão e a injustiça. Provoca mudanças nas pessoas e na sociedade. Aponta novos caminhos de justiça e fraternidade. Julga os desejos e os pensamentos dos corações humanos. Não há nada que se possa esconder da Palavra de Deus. Ela indica quem somos, o que devemos fazer, para onde vamos e para que vivemos. Ela é bússola para indicar os passos das pessoas, das famílias e da sociedade.
TODOS temos fome e sede da Palavra de Deus. “Eis que vem o dia em que enviarei uma grande fome e sede sobre a terra. Não uma fome de pão, nem uma sede de água, mas fome e sede de escutar a Palavra de Deus”. (Am 8,11). Hoje, Deus continua falando através da Bíblia. Para as pessoas de fé ela tem poder de cura e salvação. A Bíblia traz sempre a presença de Deus em cada página.
PORTANTO, se queremos saber o que Deus nos fala é necessário reservar, todos os dias, tempo para ler a Bíblia. Antes de sentar no sofá e pegar o controle remoto para escolher um programa na TV, ou ligar o computador, celular, tablet, Whastapp… é preciso decidir buscar “as palavras que não passam”.
ANDAMOS sempre à procura de respostas. Quando rezamos, nós falamos a Deus; quando lemos a Bíblia é o próprio Deus quem fala e responde aos nossos questionamentos. Paulo apóstolo escreveu a seu discípulo Timóteo: “Toda a Escritura é divinamente inspirada e útil para ensinar, para repreender, para corrigir, para educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e capacitado para toda a boa obra” (2Tim 3,15).
Dom Itamar Vian
Arcebispo Emérito
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