Saúde

Centro de Endemias divulga balanço de suas atividades em 2010

Dengue, Leishmaniose, Chagas, Esquistossomose e Malária são algumas das doenças controladas pelo centro.

Ilani Silva

O Centro de Endemias de Feira de Santana divulgou o balanço das atividades dos seis programas (Dengue, Leishmaniose, Chagas, Esquistossomose, Malária e Peste Bubônica) que estão sob sua direção.

De acordo com o Coordenador de Endemias Marcelo Barbosa, o último ciclo do mês de dezembro de 2010, registrou o nível de infestação da dengue  em 1.1 na cidade e menos de 0.90 na zona rural. 

“A situação é confortável, mas o Levantamento do Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRA) uma ação do Ministério da Saúde colocou Feira de Santana em médio risco, por isso as pessoas devem colaborar, principalmente agora no período de verão que é de risco para a doença”, disse.

Com as pancadas de chuva, o cuidado deve ser redobrado. Evitar que materiais acumulem água impede que a fêmea ponha os ovos nesses depósitos e crie um novo foco de dengue.

Leishmaniose

A leishmaniose popularmente conhecida como calazar é uma doença infecciosa causa por um parasita e transmitida ao homem pelo mosquito Flebótomo. A doença ataca também animais domésticos e silvestres. As pessoas atingidas são na sua maioria, crianças de 0 a 16 anos.

O calazar era uma doença rural até 1995, a partir desta data chegou à cidade e desde então o município tenta controlar a expansão da doença.  Segundo Marcelo Barbosa, foram constatados sete casos em humanos no ano passado, sendo cinco em Feira de Santana e dois na zona rural. Para combater a leishmaniose o município tem intensificado o trabalho através da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) e da Segunda Diretoria Regional de Saúde (Dires).

Alguns cuidados são necessários para não contrair a doença, como evitar contato com cães magros que tenham queda de pêlos, unhas grandes e feridas em focinho e orelhas.  Além disso, é necessário que a comunidade permita que os guardas da FNS examinem os cães para saber se estão com calazar, se for constatada a doença, eles devem ser sacrificados.

Chagas

O resultado do levantamento feito pela Fundação Nacional de Saúde registrou 180 barbeiros em 4191 casas, sendo que desses mosquitos capturados, 61 eram transmissores da doença. Para evitar a proliferação da doença, uma ação de montagem de PITs foi implantada na zona rural para levar informações à população. 

Em conseqüência disso, segundo o coordenador de endemias, 95% das residências na zona rural estão livres do barbeiro.

“A situação está controlada, mas pedimos as pessoas da zona rural que não tenham chiqueiro nem galinheiro próximo a residência, pois esse é o elo de ligação do barbeiro às pessoas”, alerta o coordenador.

Malária

Em Feira de Santana foram registrados três casos de malária, em 2010.  Marcelo Barbosa explica que esses episódios são casos importados de pessoas vindas da Amazônia e da África. Como Feira de Santana é o principal entroncamento rodoviário do Norte-Nordeste, a circulação de indivíduos de outras regiões é grande, onde existe o risco de ser disseminada a doença.

Para combater a malária, uma equipe foi montada na Feira da Madeira, onde a movimentação de pessoas é intensa, nesse local está sendo feito um trabalho de conscientização.  “Se alguém apresenta sintomas da doença como febre contínua, os agentes entram em contato com a coordenadoria de endemia para que a equipe faça coleta do caso e seja iniciado o tratamento”, informou Barbosa.

Esquistossomose

A esquistossomose é uma doença crônica, causada por parasitas localizados em água parada, como rios e lagos. De acordo com Marcelo Barbosa, foram coletados 1517 exames em Feira de Santana em 2010, sendo que desse número, 36 pessoas tiveram resultados positivos. Esses pacientes foram tratados e no Laboratório Regional da 2ª Dires foi disponibilizado, além dos exames, a medicação gratuitamente. 

“As pessoas devem evitar lagoas, riachos e rios poluídos, principalmente a comunidade da zona rural que insiste em tomar banho nas lagoas de água parada”, recomendou. As informações são do repórter Ney Silva do programa Acorda Cidade

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