Ilani Silva
Casos como o da recém nascida Edvania dos Santos Reina que faleceu sobre suspeita de asfixia após ser amamentada, e também o da menina de três anos que morreu asfixiada dentro de um carro em São Paulo, no último domingo, são bastante comuns. Por isso, os pais devem estar atentos aos cuidados com a criança para evitar situações de risco.
O pediatra Marcos Vinicius Pinto, do Hospital Estadual da Criança, explica que a asfixia está habitualmente relacionada à regurgitação (golfar) da criança que gera obstrução do nariz e dificuldade na respiração.
“A criança geralmente só respira pelo nariz, não é como os adultos que tem a boca como alternativa. Se esta via é obstruída, ela fica com falta de ar”, disse
Sobre o modo como o bebê deve dormir, o médico conta que existem duas discussões sobre a melhor posição. A Sociedade Americana orienta os pais a colocar a criança de barriga para cima, pois se ocorrer algum caso de engasgo será precedido por um sinal de tosse, onde o responsável irá perceber a situação e prestar socorro. No entanto, a Sociedade Brasileira de Pediatria discorda de posicionamento e recomenda colocar o bebê deitado do lado esquerdo, com o tronco mais alto que o resto do corpo, pois se a criança golfar não vai aspirar ao líquido.
Como agir
Em caso de obstrução, os pais devem retirar tudo aquilo que esteja impedido a criança de respirar, se possível, colocar o bebê de bruços sobre a palma da mão, com a cabeça voltada para baixo e aplicar leves tapinhas nas costas para ajudar a liberar a via aérea.
Quando o nariz está obstruído é importante também que os pais lavem a narina da criança com solução fisiológica morna, colocando algumas gotas em cada orifício.
Marcos Vinicius orienta ainda sobre alimentação. “Após a amamentação, a criança deve ficar em torno de 20 a 30 minutos em pé, não é esperar arrotar e colocá-la para deitar, tem que esperar esse tempo para evitar a regurgitação”, informa o médico.
Roupas também podem originar casos de asfixia, por isso é recomendado a não utilização de vestuários apertados. As informações são do repórter Ed Santos do programa Acorda Cidade