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O início da temporada das convenções nacionais eleitorais, ou seja, eventos que os partidos são obrigados a realizar para a escolha dos nomes que vão disputar a Presidência da República, Senado, Câmara dos Deputados, Governadores e deputados estaduais e distritais, começa nesta sexta-feira (20) e segue até o dia 5 de agosto.
Até o momento, o cenário político nacional é de muitas indefinições, e os nomes e as chapas que devem disputar o Planalto, ainda são incertos.
As dúvidas dos partidos, em lançar ou não candidaturas próprias, estão refletindo nas pesquisas de intenção de voto, e o eleitor, por enquanto, não definiu em quem deve votar no pleito de outubro.
De acordo com a pesquisa eleitoral realizada pelo Ibope e encomendada pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI), a soma dos entrevistados que disseram não ter candidato e que votariam em branco é superior a 40%.
Para o especialista em Ciência Política da Fundação Getúlio Vargas, Sérgio Praça, é impossível saber agora qual candidato será escolhido para a disputa de um segundo turno presidencial, por exemplo.
Ele ressalta que o jogo político é muito diferente dos outros pleitos presidenciais disputados nos últimos anos.
“A incerteza eleitoral desse ano é muito alta e isso incentiva os partidos a lançarem suas próprias candidaturas. Ao contrário das últimas cinco, seis eleições presidenciais, o cenário hoje é muito incerto. É impossível dizer hoje quem irá para o segundo turno”.
Outra diferença desta corrida eleitoral, em comparação com eleições passadas, são os possíveis lançamentos de candidaturas próprias de partidos que tradicionalmente estiveram apenas na composição das chapas de outras siglas, caso do MDB, PC do B e DEM.
Por isso, nada impedirá que um candidato, que hoje se encontra longe da preferência do eleitorado, seja um dos representantes escolhidos para a votação de segundo turno das eleições, como explica o especialista da FGV, Sérgio Praça.
“Mesmo o Henrique Meirelles, do MDB, ele tem um por cento agora nas pesquisas. Mas, ele vai ter bastante tempo no horário eleitoral. Quem sabe ele não vai para 10%, 15%? Não acho impossível, não. Então, o partido tem pouco a perder hoje em lançar um candidato assim”.
As convenções partidárias nacionais começam já na sexta-feira (20), com o PDT, de Ciro Gomes. O PC do B deve escolher se lança ou não Manuela D’Ávilla como candidata à presidência no dia primeiro de agosto.
No dia dois, o MDB deve confirmar o nome do ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, como candidato. O PSDB deve escolher Geraldo Alckmin no dia quatro e, no dia cinco, o último para a realização das convenções, o PSB deve escolher em qual rumo caminhará no pleito. Os demais partidos ainda não divulgaram as datas de suas convenções nacionais.