Serviço

Clientes dizem que telefones dados pela Oi não fazem interurbano

Quem está de olho na situação é o MPE, que aguarda a chegada de relatórios com informações, consideradas imprescindíveis

Acorda Cidade

O ano começou com os velhos problemas de 2010 para milhares de baianos, que ainda tentam restabelecer suas linhas telefônicas e o serviço de internet oferecido pela Oi.

Um prédio da companhia pegou fogo, na manhã do dia 21, causando um apagão telefônico que atingiu todo o Nordeste do país.  Mesmo os aparelhos de telefonia fixa habilitados com chip, fornecidos pela companhia durante os últimos dias de 2010, apresentam oscilações no serviço. Clientes que trocaram o aparelho contam que não recebem ligações a cobrar ou de outro DDD e que, para falar, é melhor exercitar a paciência diante do telefone.

“Moro num dos bairros que eles dizem ter sido afetado, a Pituba. No entanto, disseram que meu prefixo não estava entre os que teriam problemas em função do incêndio. Agora, se não foi isso, o que foi? Até agora meu telefone não funciona direito e eu estou com a internet falhando a todo instante”, explica a administradora financeira Maria Ivone dos Santos, 56 anos.
Assim como ela, a professora aposentada Edith Santana, 90 anos, continua tendo problemas para utilizar o serviço, considerado essencial.

“Troquei o aparelho e mesmo assim estou refém disso. Meus parentes que moram no interior, com outro DDD, não conseguem falar comigo”, conta a aposentada.

Quem teve sorte foi Fabiana Caramello, 23 anos. Moradora do Caminho das Árvores, ela trocou o telefone e garante que na casa dela o aparelho funciona bem. “Primeiro ele estava habilitado com outro número, diferente do meu fixo. Ficamos testando um bom tempo e acabamos constatando que ele funciona como o outro”, explica.

Medidas

Quem está de olho na situação é o Ministério Público Estadual (MPE), que aguarda a chegada de relatórios com informações, consideradas imprescindíveis, para que sejam tomadas medidas para garantir o direito ao cliente de receber o serviço.

De acordo com o promotor de Justiça do consumidor, Aurisvaldo Sampaio, são esperadas informações técnicas de setores específicos da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), da Superintendência de Controle e Uso do Solo (Sucom), do Corpo de Bombeiros e das defesas civis do município e do estado.

“Precisamos dessas informações para termos condições de analisar a fundo a questão e cobrar da empresa um posicionamento mais verdadeiro. Eles falam em 29 mil usuários sem telefones, mas, de forma empírica, temos constatado que essa não é a verdadeira versão dos fatos”, diz o promotor, que participou de reunião com representantes da empresa.

O CORREIO procurou representantes da Anatel que pudessem explicar o que a agência reguladora está fazendo para tentar resolver a questão. No entanto, a ligação para o número informado pela assessoria técnica do órgão em Brasília não é completada.
 
“Estamos todos com dificuldades de completar as ligações e isso precisa ser resolvido. Até porque, a medida adotada (o telefone móvel com chip de fixo) não está cumprindo com o objetivo de reparar os danos ao consumidor”, completa o promotor.
 
Empresa

Ontem, a Oi chegou a informar para a imprensa, através de sua assessoria, que emitiria um comunicado até o fim da tarde, esclarecendo a situação para seus clientes. Mas a empresa voltou atrás e decidiu que só vai comentar novamente os problemas no fim da tarde de hoje.

A empresa reitera que suas ações para restabelecer a ordem telefônica na Bahia estão sendo colocadas em prática e que é necessário paciência para que todo o sistema seja recuperado. Em nota emitida na semana passada, a Oi informa que mantém à disposição um número de ligação gratuita (0800 031 6464) para aqueles que ainda têm problemas com as linhas e que houve reforço no número de atendentes. No entanto, durante o dia de ontem, a reportagem não conseguiu completar a chamada.

Procon analisa caso

Segundo o assessor técnico do Procon, Alexandre Doria, o órgão de defesa do consumidor tem acompanhado a situação diariamente. “Abrimos investigação preliminar sobre o incêndio para que o Procon chegue às suas próprias conclusões. Oficiamos a empresa Oi e outros órgãos que estão envolvidos no assunto”, explicou.

Ainda segundo ele, no dia 28, uma equipe do Procon esteve no Hotel Fiesta, no Itaigara, para acompanhar a distribuição dos aparelhos aos clientes. Entre os pontos observados pelo Procon estavam a logística aplicada pela empresa para entregar os aparelhos provisórios, as condições de atendimento e as informações repassadas aos consumidores sobre como será feita a tarifação no período em que farão uso do aparelho cedido pela operadora. (As informações são do Correio)a aaaaaaaaaaaaaaaaa. (.  (As informações são

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