Saúde

Obesidade aumenta o risco de morte por qualquer causa

Pesquisa indica que em mulheres acima do peso o perigo de morrer é até 2,5 vezes maior

O excesso de peso já ganhou fama por elevar a probabilidade de doenças cardiovasculares e câncer. Uma pesquisa recém publicada no New England Journal – uma das publicações mais importantes do meio médico – acaba de concluir que cada quilo extra aumenta o risco de morte por qualquer causa, incluindo acidentes, doenças infecciosas, parto e todas as outras.

Para chegar às conclusões, os pesquisadores revisaram 19 estudos, publicados nos últimos 10 anos e envolvendo 1,46 milhões de pessoas entre 19 e 84 anos. Foram feitos ajustes para idade e hábitos de vida, como prática de atividade física, consumo de álcool, tabaco e outras drogas.

Nas mulheres, a relação entre obesidade e morte ficou ainda mais evidente. Os pesquisadores dividiram as mulheres por faixas de Índice de Massa Corporal (o IMC é calculado pelo peso dividido pela altura ao quadrado) e em cada grupo chegaram a um coeficiente de mortalidade. Segundo a publicação, naquelas que tinham IMC considerado normal – entre 21 e 24,95 – o coeficiente encontrada foi 1,13. Já nas que tinham IMC entre 25 e 29,9 (considerado sobrepeso) o índice subiu para 1,44. Entre as obesas (de IMC entre 30 e 34,9) o coeficiente encontrado ficou em 1,88. Entre as obesas mórbidas (IMC igual ou superior a 35), ele chegou a 2,51– mais do que o dobro das magras.

Não é o primeiro estudo que sugere a obesidade como uma condição reveladora de um descuido geral com a saúde. Um estudo realizado no início de 2010 por pesquisadores da França evidenciou que as gordinhas, por exemplo, usavam menos camisinha e outros métodos contraceptivos quando comparadas às mulheres com peso adequado à altura.

Outra hipótese, já aventada por especialistas em doenças crônicas, é que o excesso de peso deixa o organismo mais fragilizado e facilita as infecções virais e bacterianas. No Congresso Mundial de Diabetes, realizado em julho de 2010, foi alertado que há relação entre vulnerabilidade à tuberculose e HIV/Aids e síndrome metabólica. ( As informações são do IG)

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