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A delegada Denise Quioca, assassinada na madrugada desta quinta-feira (23) dentro do 1º DP de Guarulhos, na Grande São Paulo, chegou a apanhar do ex-namorado, com quem namorou por nove anos. Eles se separaram em janeiro. A delegada havia registrado queixa de agressão, mas nada foi feito contra o ex.
O suspeito foi preso em flagrante. Ele não se conformava com o fim do relacionamento. Ele era investigador da Polícia Civil e foi expulso da corporação no começo deste mês, acusado de abuso de poder, agressão e porte ilegal de arma.
O ex-investigador teria chegado na delegacia, conversado com Denise e terminaram discutindo. Ele, então, foi ao banheiro e, na volta, segurando duas armas, começou a atirar contra a delegada de 28 anos. Denise levou 17 tiros e morreu na hora.
Depois de descarregar as armas, o ex-investigador jogou as duas pistolas e mais uma terceira que carregava em um sofá e, com os braços erguidos, se entregou para três policiais que estavam no plantão.
Ele foi levado algemado para a Corregedoria da Polícia Civil, no Centro da capital paulista. As armas usadas no assassinato eram da polícia e foram apreendidas.
Denise havia sido ameaçada pelo ex-namorado várias vezes. Ela prestou queixa contra ele na Corregedoria da Polícia Civil em setembro, após ter sido agredida durante uma discussão.
Segundo informações do G1, o ex-investigador também é acusado de tráfico de drogas. A corregedoria vai apurar porque ele continuava com as armas da polícia mesmo depois de ter sido demitido.