2018 chegou e clima de disputa eleitoral já deixa as afrontas políticas mais acirradas em Feira de Santana. Enquanto dava entrevista no Acorda Cidade na última quarta-feira (3), sobre o BRT e outras ações do governo municipal, o secretário de Planejamento, Carlos Brito, afirmou que o deputado José Neto (PT) fica atrapalhando as obras e acrescentou que o parlamentar é "escravo" do prefeito José Ronaldo, porque pensa nele 24h. Também acusou Zé Neto de ser contra a construção do shopping popular, que tem sido alvo de críticas do deputado, por afetar os comerciantes de artesanato do Centro de Abastecimento. Vale lembrar que Brito é mais que secretário de governo; é “braço direito”, amigo e defensor do prefeito, tendo comandado a secretaria de Planejamento nas quatro gestões de Ronaldo, que é adversário político antigo de Neto. Em resposta as afirmações do secretário, o deputado frisou que ele tem muita coisa para pensar, entre elas Feira de Santana. “Não sou escravo dele (José Ronaldo), mas sou o melhor cabo eleitoral. Porque as maiores obras construídas nos últimos 16 anos em Feira de Santana, fomos nós que trouxemos. Ele não trouxe uma casa do Minha Casa, Minha Vida. Tem 25 mil casas entregues só para as pessoas carentes e no total são quase 47 mil casas já entregues, quase 3 bilhões de investimentos feitos pelo governo Lula, Dilma, Wagner e Rui Costa. (…) Outra coisa, ele (Brito) não pode me chamar de escravo, porque isso é até racismo. Ele tem alguma coisa contra os escravos? Que besteira, prefeito. Eu sou um vigilante do seu trabalho”, retrucou. Sobre a obra do shopping popular, Zé Neto negou que esteja atrapalhando a obra. “Ele (Carlos Brito) mentiu feio aí, quando disse que eu queria jogar o artesanato para a Praça do Tropeiro. Nunca fui eu, era uma das opiniões de uma das pessoas que estavam no movimento e eu sempre defendi o seguinte: a Câmara autorizou, ele já vai doar ali aquela área toda, vão doar 13 milhões para construir uma obra que eles dizem que vão salvar a parte do centro da cidade. Eu torço para isso. Agora, eu quero que ele preserve o único grupo que está sendo prejudicado em tudo isso, que é o pessoal do artesanato, que não teve para onde ir. (…) Eles têm o reconhecimento cultural do IPAC, porque eles preservam a cultura nordestina e preservam a cultura do sertão e do artesanato sertanejo. São quase 90 famílias. O que eu trabalho é para que ele (José Ronaldo) sente junto com as pessoas e diga: o seu box vai ser desse tamanho, a sua condição de trabalho vai ser assim, você vai pagar isso e vai viver assim. Eu acho que é só isso que ele precisa fazer. Não é muito não. É porque tem dificuldade de dialogar de conversar, de receber as pessoas”, criticou. (Orisa Gomes, com informações do repórter Ed Santos).
Política
Zé Neto diz que é o maior cabo eleitoral de José Ronaldo
Em entrevista ao Acorda Cidade, o deputado respondeu afirmações do secretário Carlos Brito, que o chamou de escravo de José Ronaldo e o acusou de atrapalhar obras do governo municipal.
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