Mensagem para segunda-feira,13.12.10

Na construção do amanhã

Nos Estados Unidos, o Dia dos Namorados é comemorado a 14 de fevereiro. Nesse dia, as pessoas costumam enviar cartões não somente para os namorados. Também a amigos e pessoas queridas.

Nos Estados Unidos, o Dia dos Namorados é comemorado a 14 de fevereiro. Nesse dia, as pessoas costumam enviar cartões não somente para os namorados. Também a amigos e pessoas queridas.

Foi com preocupação que a mãe de um garoto tímido e calado ouviu-o dizer que desejava dar um cartão para cada colega seu.
Chad era um excluído na classe. A mãe o via, todos os dias, retornando da escola.
A turma vinha na frente, brincando, conversando. Ele sempre atrás, sozinho.
Ela ficou angustiada. Mesmo assim, nos dias que se seguiram, ela ajudou o filho a confeccionar os cartões.
Comprou papel, cola e lápis de cor. E ele trabalhou com afinco.
Finalmente, no Dia dos Namorados, estavam prontos os trinta e cinco cartões.
Ele não cabia em si de contentamento.
A mãe passou o dia preocupada. Tinha certeza que ele voltaria desapontado. Não receberia nenhum cartão.
Por isso, resolveu fazer alguma coisa para amenizar a situação. Assou biscoitos especiais que ele gostava.
Depois, ficou esperando.
Olhou pela janela e viu os garotos. Como sempre, eles vinham rindo e se divertindo.
Como sempre, Chad vinha atrás do grupo. Caminhava, no entanto, um pouco mais rápido do que o normal.
Quando entrou em casa, ela esperou que ele se desmanchasse em lágrimas.
Chegou de mãos vazias, como ela pensara. Segurando o pranto, a mãe lhe disse:
“Filho, preparei um lanchinho para você.”

Mas Chad não prestou atenção ao que ela disse. Com passos firmes, se encaminhou para a cozinha, repetindo: “Nenhum…nenhum…”
Nesse momento, a mãe observou que o rosto do filho brilhava de alegria. E o ouviu completar a frase:
“Não esqueci nenhum, nenhum deles!”
A atitude do garoto é altruísta e denota uma alma que muito mais se preocupa em ofertar amor, do que buscar ser amado.
Poucas criaturas podem superar, contudo, situações semelhantes.
O bulling, essa prática de agressividade repetida, muito comum entre crianças e adolescentes, tem dado causa a alguns desastres.
O fenômeno é mundial. Crianças e adolescentes são excluídos pelos colegas, perseguidos e humilhados.
Muitos abandonam a escola, sem condições de prosseguirem enfrentando humilhações e trotes.

As estatísticas apontam, ainda, crescente número de suicídios na faixa etária da infância/adolescência, como efeito do bulling.
Qual será o motivo de tamanha crueldade?

Educadores e pais, estejamos atentos. Observemos o comportamento dos nossos filhos.
Serão eles os promotores do bulling ou suas vítimas?
É tempo de ensinar a amar em nosso lar. A respeitar os diferentes. A imitar os melhores, não tentar destruí-los.
Pensemos: quais são os comentários que nossos filhos mais ouvem, com respeito aos outros seres, em nosso lar?
Que falamos a respeito dos colegas de trabalho, dos vizinhos, dos filhos dos outros?

É possível que descubramos que essa manifestação doentia, o bulling, seja a resultante da indiferença e do desamor que ensinamos a eles, todos os dias.
O mundo melhor do amanhã está em nossas mãos.
Depende de nós a geração que se estrutura hoje para atuar no mundo logo mais, como cidadãos do mundo, herdeiros das nossas riquezas morais.

Vamos ajudar a construir um mundo melhor!

Pensemos nisso!

Mensagem de terça-feira, 14.12.10

Não há maior abismo que o silêncio

Entre pais e filhos não há maior abismo que o silêncio.
O silêncio da indiferença, do esquecimento, da mágoa…
Silêncios que tem início na infância, talvez até antes do nascimento, quando os pais não consideram que ali, no ventre da mãe, já existe um ser.
Embora aquele novo corpo físico ainda esteja em elaboração, ligado a ele, desde a concepção, já está o Espírito reencarnante.
Assim, toda vida psíquica e comportamental da mãe, e também do pai, terá muita influência sobre o feto. A alma que regressa não está consciente, mas sente se é querida ou não, se há equilíbrio no lar ou não, se realmente terá um lar ou não… Desta forma, é importante conversar, desde esses primeiros momentos, com o bebê que irá nascer. Dizer a ele que é amado; que os pais irão preparar um lar onde reinará o carinho, a compreensão; que estão cientes da missão que estão recebendo e vão se esforçar para serem bem sucedidos.
Os carinhos na barriga, os beijos suaves, as canções de ninar jamais serão esquecidos pelo Espírito, que cada dia se sentirá mais seguro em voltar ao palco terrestre.
Os estímulos que podemos produzir por vezes são tão fortes, que presenciaremos vários casos em que há resposta. O bebê se mexe, chuta, dá cambalhotas, como se quisesse dizer alguma coisa.
Estudos mostram que, depois de nascida, a criança reconhece sons, música e vozes ouvidos no período da gestação.
Assim, podemos entender que no útero materno não há silêncio, há vida.
Vida que começou na concepção, e talvez até antes, se considerarmos o planejamento reencarnatório, o encontro com os futuros pais no mundo espiritual, os planos, os sonhos…
Não há espaço para o silêncio na família.
O hábito do diálogo, o hábito de se envolver com a vida do outro, da empatia, começa na gestação.
Os pais podem iniciar o processo educacional do seu filho ainda no ventre, de modo desajustado ou feliz, pelos tipos e vida íntima que escolham.
Pelos hábitos sociais e alimentares que adotem, enfim, pelas descargas de vida ou de morte que façam incidir sobre o seu filhinho.

Conscientes da missão grandiosa que estão recebendo do Criador, os bons pais aproveitarão o período da gestação para darem boas-vindas ao Espírito que volta.

Sendo um amor do passado, um opositor ou mesmo um estranho naquele núcleo, merece receber os cuidados necessários para que tenha em sua nova vida, todos os recursos para crescer.

Em sua bagagem vêm muitos planos, muitas dificuldades, mas certamente a vontade de vencer, de acertar e de amar.

Procura amigos que o acolham, que o apóiem em seu novo tentame, e que estejam sempre presentes em sua vida.

É isso que nos faz filhos e depois pais, que nos une em família, e que propicia que aprendamos a amar, primeiro poucos, para depois amarmos toda a Humanidade.

No amor, não há lugar para o silêncio…
Bons pais conversam. Pais brilhantes dialogam.

O eminente estudioso Augusto Cury, em uma de suas mais conhecidas obras, afirma que entre conversar e dialogar há um grande vale.

Conversar é falar sobre o mundo que nos cerca, dialogar é falar sobre o mundo que somos.
Outro especialista na área, Gardner, explica:
Dialogar é contar experiências, é segredar o que está oculto no coração, é penetrar além da cortina dos comportamentos, é desenvolver inteligência interpessoal.

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