Rio contra o crime

Acorda Cidade entrevista moradores do Rio sobre ações contra o tráfico de drogas

O ACORDA CIDADE entrevistou moradores da cidade do Rio de Janeiro sobre as ações desenvolvidas pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado. Segundo eles, os combates precisam seguir adiante dando um basta no mundo onde crime organizado dita as regras e suas próprias leis.

Williany Brito

Domingo passado, 28 de novembro de 2010, entrou para a história do Rio de Janeiro, quando foi desencadeada a operação que muitos não acreditavam que seria iniciada. Apesar do caos na região onde acontece a varredura das polícias Militar, Civil e Federal e das Forças Armadas, a maioria da população apoia as ações contra o tráfico e consideram uma amostra de que o Estado busca retomar as rédeas da situação.

É o que revelou uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), na última quinta-feira (2). O exame mostrou que 88% dos moradores do Rio apoiam as recentes ações contra o tráfico de drogas na capital. Os que nem aprovam e nem desaprovam somam 7%, enquanto 3% desaprovam. Entre os que aprovam, 49% aprovam totalmente.

Segundo o instituto, foram entrevistadas por telefone mil pessoas com mais de 16 anos, moradores de todo o estado, no período de 27 a 29 de novembro. A pesquisa foi feita por iniciativa do próprio Ibope e a margem de erro é de 3 pontos percentuais.

O ACORDA CIDADE entrevistou moradores do Rio de Janeiro sobre as ações desenvolvidas pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado.  Segundo eles, a invasão da polícia e das forças armadas não era esperada, mas que os combates precisam seguir adiante dando um basta no mundo onde crime organizado dita as regras e suas próprias leis.

Para a secretária Mônica Silveira, de 32 anos, as ações irão trazer bons resultados a população do Rio de Janeiro. “Com certeza vai trazer mais segurança em nossa polícia tão desacreditada”, disse. Segundo ela, a cidade sem o tráfico de drogas daria “tranquilidade aos moradores e aos turistas”. “Seria maravilhoso saber que nossos filhos poderiam andar sem medo; as pessoas das comunidades transitando livremente sem medo de ser atingido por uma bala perdida; os turistas passarem, tranquilamente, desfilando pela nossa orla sem medo de um arrastão”, descreveu Mônica sobre sua vontade.

A gerente Elizabeth Freire, de 37 anos, disse que há vários pontos "bons" nessa guerra contra o tráfico, mas teme a ida dos traficantes para as ruas da cidade. “Sem o dinheiro do trafico, os bandidos irão fazer assaltos nas ruas, roubando carros, casas e pessoas. Todos sabem que de alguma forma eles vão querer o dinheiro que recebiam todos os meses das favelas invadidas pela segurança”, acredita a moradora.

Ela disse que essa atitude (de juntar as polícias e as forças armadas) poderia ter sito tomada antes. “Evitaria que a proporção da criminalidade chegasse a esse ponto. Estamos todos sofrendo com isso, pois o nível de corrupção aumentou bastante”, conta Elizabeth.

“Segurança, dignidade, direito de ir e vir e viver em paz”. É assim que a perita judicial, Danusa Lucena Tomaz, de 39 anos, espera que a população do Rio de Janeiro venha viver após a varredura das polícias e das forças armadas.  De acordo com ela, há uma certa resistência de sair de casa por causa da “onda de terrorismo provocada pelo crime organizado no Estado”. “O Rio já é considerado a cidade maravilhosa e sem o tráfico de drogas, com certeza, vai virar um paraíso”, acredita a perita. Ela salienta que criação das das UPPS (Unidades de Policias Pacificadoras), foi “a melhor coisa que a SSP fez”.

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