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No mês de outubro de 2010, a Bahia gerou 7.059 novos empregos com carteira de trabalho assinada. O saldo do mês colaborou para o acúmulo de 98.024 novas vagas este ano na Bahia, recorde anual histórico e melhor desempenho da região Nordeste. Tanto no mês quanto no acumulado do ano, o setor de Serviços foi o destaque na expansão das oportunidades de emprego. As informações são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED/MTE), divulgadas com análise da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento.
O saldo do mês (7.059), resultado da diferença entre 67.241 trabalhadores admitidos e 60.182 desligados, foi o segundo melhor encontrado para um mês de outubro na série histórica do CAGED, sendo superado apenas pelo ocorrido em 2009 (7.443 vagas).
O setor que mais gerou postos este mês foi o de Serviços (3.858 empregos), seguido pelo Comércio (3.756 vagas formais) e a Indústria de transformação (1.184 postos). Em contraposição, os setores da Agropecuária, Construção civil e Administração pública apresentaram resultados negativos de, respectivamente, -1.500, -351 e -8 vagas.
O secretário estadual do Planejamento, Antônio Alberto Valença, vê com otimismo o resultado. “Os números confirmam a tendência de sustentabilidade do processo de crescimento da economia, bem como o acerto das diretrizes governamentais no sentido de abrir novas oportunidades de trabalho no estado”, avalia Valença, lembrando ainda que o número de empregos gerados este ano já supera o de todo o ano de 2009 em quase 30 mil postos de trabalho.
“Com este resultado de outubro, temos chances reais de ultrapassar, pela primeira vez, a casa dos 100 mil novos empregos gerados no ano, superando nossa projeção inicial de 90 mil empregos. Tal expectativa é explicada pelo fato de que deveremos ainda ter um resultado positivo em novembro, compensando a possível queda na oferta de vagas que tradicionalmente ocorre em dezembro, explica Geraldo Reis, diretor-geral da SEI. Reis relaciona o recorde na geração de postos com a alta taxa de crescimento da economia prevista para este ano, já que “o crescimento econômico em 2010 será o segundo maior da série do PIB, possivelmente acima de 7,5%, e vem ocorrendo com melhoria da qualidade do mercado de trabalho, distribuição de renda e inclusão social”.
Resultado do ano é recorde histórico
No período de janeiro a outubro de 2010, a Bahia criou 98.024 postos de trabalho com carteira assinada, o que corresponde a uma variação percentual positiva de 6,83%, abaixo da média nacional (7,29%) e da média nordestina (7,47%). Apesar da diminuição do ritmo de geração de postos em outubro, a Bahia apresenta, no acumulado dos dez primeiros meses de 2010, o melhor desempenho da região Nordeste. Em termos absolutos e relativos, o resultado anual é recorde da série histórica do CAGED.
Serviços e Construção civil foram os setores que lideraram a geração de postos de janeiro a outubro de 2010, sendo responsáveis por saldos de 30.036 e 26.763 empregos, respectivamente. Outros setores com bons desempenhos no ano são Indústria de transformação (18.367) e Comércio (11.324). O setor de Administração pública juntamente com o de Serviços industriais de utilidade pública foram os que contabilizaram os saldos menos expressivos, implicando na criação de 294 e 388 postos celetistas, respectivamente.
Comparativamente aos 26 estados brasileiros mais o Distrito Federal, a Bahia ocupou a 7ª posição em termos de saldo mais expressivo no ano, abaixo dos estados de São Paulo (807.822 vagas), Minas Gerais (298.143 vagas), Rio de Janeiro (168.818 vagas), Paraná (164.100 vagas), Rio Grande do Sul (159.729 vagas) e Santa Catarina (113.521 vagas).
De janeiro a outubro, há relativo equilíbrio entre os municípios do interior baiano e os da RMS na geração de postos de trabalho, com 50.794 novos empregos na RMS (51,82%) e 47.230 vagas (48,18%) na região não metropolitana. Os municípios metropolitanos que mais criaram vagas com carteira assinada foram Salvador (26.761 vagas), Camaçari (9.259 vagas), Lauro de Freitas (6.333 vagas), Dias D’Ávila (2.498 vagas) e Simões Filho (2.464 vagas).
Com relação aos municípios do interior do estado, Feira de Santana (7.948 vagas), Vitória da Conquista (3.632 vagas), Juazeiro (3.589 vagas), Itapetinga (2.512 vagas) e Casa Nova (2.498 vagas) foram os que mais se sobressaíram. Ipiaú, Xique-Xique, Itamaraju e Cruz das Almas, por sua vez, apresentaram os saldos de emprego mais negativos, com, respectivamente, -682; -541, -422 e -339 empregos.
A Bahia foi o segundo estado do Nordeste, no mês de outubro, que mais gerou empregos formais, sendo superado por Pernambuco (15.781 postos). Na comparação com os 26 estados brasileiros mais o Distrito Federal, a Bahia obteve o oitavo saldo mais expressivo de empregos, ficando atrás de São Paulo (55.377), Rio de Janeiro (19.571), Rio Grande do Sul (18.592), Pernambuco (15.781), Santa Catarina (15.345), Paraná (14.954) e Minas Gerais (14.516).
Do ponto de vista intra-estadual, no mês de outubro de 2010, a Região Metropolitana de Salvador registrou um saldo de 5.277 empregos (74,76% do total), ao passo que o interior do estado gerou 1.782 postos (25,24%). Dentre os municípios da RMS, Lauro de Freitas (1.586 vagas) Camaçari (1.296 vagas), Salvador (1.248 vagas) e Dias D’Ávila (838 vagas) foram os maiores geradores de postos de trabalho com carteira de trabalho assinada. No grupo dos municípios do interior, destacaram-se Feira de Santana (815 vagas), Itapetinga (571 vagas), Barreiras (281 vagas) e Alagoinhas (245 vagas). As maiores reduções na geração de postos celetistas ficaram por conta de Juazeiro (-1.319 vagas), Casa Nova (-1.080 vagas), Eunápolis (-473 vagas) e Barra do Choça (-452 vagas), respectivamente.