Política

Imbassahy diz que Temer deve exonerar ministros para que votem contra denúncia

A sessão está marcada para 2 de agosto.

O ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República, Antônio Imbassahy, considera “concreta” a possibilidade de Michel Temer exonerar temporariamente alguns ministros que possuem mandato na Câmara para que eles retornem ao Legislativo e votem pela rejeição da denúncia contra Temer. A sessão está marcada para 2 de agosto. “O presidente [Michel Temer] tem essa possibilidade concreta em mente, e é muito provável que ele faça com que os ministros que têm mandato junto à Câmara dos Deputados possam estar presentes durante a votação. O governo vai continuar buscando quórum e aguardando que isso traga um resultado muito bom”, opinou o ministro. A declaração do ministro foi dada hoje (31), durante cerimônia de assinatura do contrato de financiamento da segunda etapa das obras do BRT (Bus Rapid Transit) em Salvador, que terá início a partir de 2018. Além de Imbassahy, estiveram presentes o prefeito de Salvador, ACM Neto, e o ministro das Cidades, Bruno Araújo. Para Imbassahy, a denúncia contra Temer foi rejeitada na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara, por ser considerada “frágil e vazia”. Segundo ele, o Brasil tem outras prioridades e demandas. “Resta às oposições, se tiverem quórum, que aparentemente não têm, modificar essa posição da CCJ. Então a nossa posição é de muita tranquilidade e muita serenidade. O que interessa aos brasileiros é a estabilidade na política, a reconstrução da economia, a recuperação dos empregos e a renda das famílias brasileiras. Esse é o nosso foco ao lado do sistema tributário, trabalhista e tantos outros que alcançamos no Congresso Nacional”, conclui. Sobre a votação no plenário da Câmara, o ministro Bruno Araújo, que assim como Imbassahy também é do PSDB, disse acreditar que o partido permanecerá na base para somar votos contrários à admissibilidade da denúncia. “Acredito que há uma mobilização forte nesse sentido e, obviamente, essa decisão será tomada pelo partido no momento apropriado, mas acredito que há uma compreensão de que o país precisa fazer uma transição para a próxima eleição presidencial com estabilidade e serenidade. É o que uma parte do partido, que defende isso, almeja”, disse o tucano. No entanto, o ministro Imbassahy considera o PSDB “ainda um pouco dividido”, cenário que será revelado, segundo ele, “no próximo dia dois”, data da votação na Câmara. As informações são da Agência Brasil.

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