Bahia

PF realiza operação de combate a fraudes em licitações

Aproximadamente R$ 60 milhões foram desviados de prefeituras. Até o momento, cerca de 20 pessoas já foram presas, sendo que três estão na sede na Polícia Federal em Salvador. A Operação Carcará tem o objetivo de combater fraudes em licitações públicas no Estado.

Andréa Trindade

Atualizada às 9:15

Policiais federais estão realizando na manhã desta quarta-feira (10), a operação Carcará  em mais de 20 municípios do interior da Bahia e na capital, visando combater fraudes em licitações públicas no Estado.

Até o momento, cerca de 29 pessoas já foram presas, três delas estão na sede na Polícia Federal em  Salvador.  Ao todo são 82 mandados de busca e apreensão e 45 mandados de prisão temporária para sete prefeitos, servidores públicos e empresários. Os prefeitos de Aratuípe (Antonio Mirada Silva Junior, do PMDB), Cafarnaum (Ivanilton Olivera Novaes, do PSDB), Lençóis (Marcos Araújo), Itatim (Raimunda Silva dos Santos, do PSDB) e Elísio Medrado (Everaldo Caldas do PP) já estão presos. Cerca de R$ 60 milhões foram desviados de prefeituras baianas.

Cidades

Entre os municípios percorridos pelos agentes está Santo Estevão, onde uma ex-funcionária está sendo procurada, além das cidades de Palmeira, Cravolândia, Itatim, Utinga, Cafarnaum, Lençóis, Aratuípe, Ibicoara, Brejões, Cândido Sales, Santa Terezinha, Iraguara, Bonito, Lamarão, Elísio Medrado, Mulungu do Morro, Souto Soares, Castro Alves e Lafaite Coutinho.

O cabeça

Em Itatim, o empresário do ramo de alimentos Edison dos Santos da Cruz, a esposa e o filho, também foram presos. Ele é suspeito de fraudar licitação para merenda escolar no município e também fornecia medicamentos para prefeituras de outras cidades. O empresário é apontado como o "cabeça" do esquema.  Os crimes estão sendo investigados há dois anos pela Controladoria Geral da União. As prefeituras de Salvador e Feira de Santana não foram investigadas.

As licitações eram fraudadas através de notas fiscais e superfaturamento de preços praticados. Em alguns casos, não havia entrega do produto contratado. Os mandados foram expedidos pela juíza federal Rosimeyde Gonçalves de Carvalho do Tribunal Regional Federal da 1ª Região e cumpridos pela Delegada Aline Marchesine. Os envolvidos serão indiciados por crime de peculato, emprego irregular de verbas públicas, estelionato, formação de quadrilha ou bando, fraude a licitação, modificação ilegal de contrato ou pagamento antecipado, impedimento, perturbação ou fraude ao ato licitatório, afastamento de licitante, fraude na execução do contrato, crimes de responsabilidade de prefeito municipal e corrupção ativa e passiva. 

Durante a operação notebooks, leptops, pen drives, disquetes e vários documentos foram apreendidos, além dos veículos adquiridos no período da investigação. Pelo menos 450 policiais federais estão participando da operação. As informações são do repórter Ed Santos, do programa Acorda cidade, acompanhou a operação.
 

Fotos: Ed Santos/Acorda Cidade

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