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Inscrito poderá ter correção 'invertida' de prova do Enem

Exame aplicado neste sábado foi marcado por atraso e erro no gabarito. De acordo com o Inep, se o estudante não recebeu a orientação, ele vai poder requerer, na página de acompanhamento da inscrição na internet, que a prova seja corrigida pela ordem contrária das respostas.

Acorda Cidade

 O Inep, instituto ligado ao Ministério da Educação, informou neste sábado (6) que os alunos que tiverem sido induzidos ao erro no preenchimento das respostas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), pela inversão na impressão dos cabeçalhos, poderão requerer uma correção diferenciada. A informação é do presidente do órgão, Joaquim José Soares Neto.

 
– Houve uma ocorrência em relação ao cartão de resposta. As questões são numeradas de 1 a 90. Tanto na prova quanto no gabarito. Houve inversão do cabeçalho na folha resposta. Orientamos os alunos a seguir rigorosamente a ordem numérica das respostas no gabarito. 
 
De acordo com o Inep, se o estudante não recebeu a orientação, ele vai poder requerer, na página de acompanhamento da inscrição na internet, que a prova seja corrigida pela ordem contrária das respostas. 
 
– Posso garantir que ninguém será prejudicado por este problema. Não estamos minimizando o problema. O Inep está garantindo que requerimento seja feito. A página será aberta no meio da semana.
 
O Inep ficou sabendo da inversão pouco tempo depois do início das provas, às 15h. O instituto informou ainda que está apurando onde ocorreu o erro e quem foi o responsável. Segundo Soares Neto, as provas de amanhã já foram conferidas e não apresentam o mesmo problema de impressão.
 
O Inep disse ainda que apura um problema em algumas provas -o instituto não sabe relatar quantas– onde houve troca de cadernos.
 
– Não sabemos exatamente qual o problema, parece que algumas provas amarelas tinham uma página duplicada de outro caderno. Orientamos os fiscais a trocarem porque nós temos reserva técnica de 10% de provas.
 
Número de ausentes
 
O Enem teve 27% de abstenção média em todo o Brasil, o equivalente a 1,24 milhão do total de 4,6 milhões de estudantes inscritos, de acordo com o Inep.
 
Soares Neto afirma que foi feito um levantamento em todos os locais onde a prova foi aplicada. A abstenção nesse ano corresponde a um quarto dos inscritos – no ano passado, o índice ficou em 42%, maior do que neste ano.
De acordo com o Inep, a média histórica de abstenção do Enem é de 28%. Por isso os números não preocupam. A abstenção do Enem também não pode ser comparada com a de outros vestibulares, de acordo com instituto, pelas características do exame, muito mais abrangente.
 
Educadores e dirigentes de cursinho previam um número alto de alunos faltantes nesse Enem, conforme antecipou o R7. A média de abstenção nos vestibulares tradicionais -por exemplo, na Fuvest (processo seletivo para a USP)- não ultrapassa 10%.
 
Um dos problemas que se repetiu relação ao ano passado é o fato de várias universidades paulistas – como USP (Universidade de São Paulo), Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica) e Mackenzie- terem desistido de usar a nota do Enem em seus vestibulares. Isso pesa na hora de o aluno decidir se fará ou não a prova.
 
Resultados
 
O Inep informou que não haverá atraso na divulgação de resultados em função do problema no cabeçalho. O resultado do Enem será divulgado na primeira quinzena de janeiro e o gabarito será divulgado na próxima terça-feira (9) às 18h. (As infomações são do R7)
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