Laiane Cruz
O jornal A Tarde publicou no último fim de semana uma reportagem falando sobre a crise do sistema de transporte coletivo por ônibus em Salvador. Segundo a Integra, associação que administra os três consórcios, a tarifa atual de R$ 3,60 não é suficiente para remunerar o serviço prestado, e as empresas alegam um déficit mensal de R$ 12 milhões desde janeiro deste ano. Por conta disso, os empresários do ramo tem solicitado à prefeitura e ao Ministério Público do Estado uma revisão do sistema e o redesenho das linhas. Eles reclamam ainda que estão trabalhando no prejuízo e a prefeitura de Salvador não oferece subsídios.
Questionado sobre a situação do transporte coletivo em Feira de Santana, o secretário de Planejamento do município, Carlos Brito, revelou que as empresas que operam o sistema na cidade, Rosa e São João, também alegam possuir problemas financeiros. “Prejuízo sempre tem. Eles sempre pedem realinhamento econômico, e cabe ao município estar analisando, fazer o que está no contrato e buscar melhorar o transporte para a comunidade”, disse.
Ele afirmou que a realidade do transporte coletivo é difícil no Brasil como um todo. “Quando se faz o mote de querer comparar a tarifa de Feira com a de outras cidades maiores é porque desconhece ou faz de conta que desconhece que em outros locais tem subsídio. Feira não tem condição nenhuma de dar subsídio ao transporte coletivo. O que o governo está fazendo é aumentar o volume de carregamento para atingir um volume que a gente imagina que dá viabilidade ao sistema, e eu acredito que nós estamos atingindo. Está subindo muito o volume de carregamentos com a apreensão desses ligeirinhos, dessa política de combate”, disse Carlos Brito.
O secretário declarou ainda que é necessário quando se diz que está tento prejuízo ver algebricamente se na realidade está. “O que o governo está fazendo é racionalizar e estimular o uso do transporte coletivo. Com o BRT, você tem mais alternativas. Isso pode viabilizar ainda mais ao sistema”, completou.