Williany Brito
Com salários atrasados, os trabalhadores da Plascalp, fábrica de material cirúrgico, cobram da empresa uma dívida que gira em torno de R$ 16 milhões. Com objetivo de quitar o débito, alguns bens da indústria, avaliados em R$ 4.297 milhões, já foram leiloados. O próximo leilão acontece no dia 17 de dezembro, na Câmara dos Dirigentes Lojistas – CDL.
Um gerador e um caminhão foram arrematados no primeiro leilão, realizado no dia 14 deste mês. De acordo com um dos representantes do Sindicato dos Químicos e Petroleiros da Bahia, Reginaldo Freitas, a venda não representou nem 30% da dívida que a Plascalp tem com os trabalhadores. São quase mil processos: um por funcionário.
– O valor dos materiais arrematados foi muito pequeno. Foi tão pouco que não dá para pagar a todos. Apenas três processos individuais foram contemplados nesse leilão. O espaço físico, que pertence ao Banco do Nordeste, mas que o trabalhador tem prioridade, foi colocado também na mesma listagem das máquinas e equipamentos que foram cadastrados nesse leilão, para possibilitar esse pagamento. Sabemos que é impossível quitar totalmente o débito. Mas, pelo menos, ameniza a dívida que a empresa tem com os funcionários.
Segundo ele, a empresa parou as atividades, ano passado, com menos de cem funcionários. Como conseqüência, houve redução na produção na fábrica. Já nesse ano de 2010, nada foi produzido. O sindicalista afirma, ainda, que houve a tentativa de acordo, através da 2º Vara de Conciliação, mas nada adiantou.
– Levamos quase dois anos trabalhando a possibilidade de desse acordo. E, percebendo que não iria ter avanço e nem interesse por parte da empresa, decidimos tomar nossas próprias providências. (As informações são do repórter Paulo José)