Andrea Trindade
O desaparecimento de Gabrielly Gomes, de 7 anos, chega ao quarto dia nesta terça-feira (24). O caso comoveu todo o estado e até o momento não há pistas de onde ela possa estar. Além disso, milhares de informações falsas estão sendo compartilhadas nas redes sociais e até mesmo sendo repassadas para a polícia, atrapalhando as investigações.
Boatos relatando que a criança foi encontrada, de que outras crianças desapareceram e que até mesmo um corpo foi encontrado na mala de um veículo estão circulando no WhatsApp sem nenhuma prova consistente ou autoria identificada.
A Polícia Civil designou uma equipe exclusiva para investigar o caso de Gabrielly e conta com o apoio da Polícia Militar nas buscas e também da comunidade com informações reais que ajudem a encontrá-la.
Em entrevista ao Acorda Cidade, a delegada Dorean dos Reis Soares, informou que a polícia ouviu novamente depoimentos de pais, vizinhos e outras pessoas que estão ajudando e, que os boatos têm feito a polícia perder tempo no andamento das investigações.
Delegada Dorean Soares (Foto: Ed Santos/AcordaCidade)
“Tudo chama a atenção em caso de desaparecimento, mas tem muita informação falsa circulando nas redes sociais, informações falsas sendo encaminhadas para o Centro Integrado de Comunicação da polícia (Cicom). Eu gostaria de lembrar para as pessoas que a vida de uma criança de 7 anos está em jogo. A partir do momento em que a pessoa presta uma informação falsa, a polícia vai checar, e perde-se um tempo. Peço encarecidamente, que se coloque no lugar dessa mãe, dessa família, e que pense o seguinte: o que a gente não quer para a gente, a gente não faz com os outros. E se tiver uma informação, não é de ouvir dizer, é informação mesmo. Denuncie, não precisa se identificar, mas denuncie de forma responsável”, declarou.
Os números para fazer denúncias diretamente para a polícia são: 75 3602.3548 (Polícia Civil) e Para o Cicom 190.
A delegada informou ainda que a polícia está trabalhando com hipótese de desaparecimento e não de sequestro.
“A nossa primeira hipótese é de desaparecimento até que a linha de investigação aponte outro caminho. Falar de outro crime ainda é muito prematuro. A gente sabe que em caso de sequestro os sequestradores demoram de entrar em contato, mas foge totalmente a característica de um sequestro mediante extorsão porque a família não tem condições, não tem um poder aquisitivo alto. Nossas equipes estão em campo, houve a determinação do diretor do Departamento de Polícia (Depin), delegado Ricardo Brito, para designar policiais para trabalhar exclusivamente nesta investigação e isto está sendo feito. Ouvimos novamente, o pai, a mãe, vizinho, padrasto, e pessoas que estão ajudando e estamos montando este quebra-cabeça para trazer Gabrielly de volta. Não vamos sossegar até encontrá-la”, declarou a delegada.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
Gabriele está desaparecida desde o último sábado, 21 de janeiro, quando brincava na porta da casa da avó no residencial do Minha Casa, Minha Vida, Solar da Princesa, no bairro Gabriela, em Feira de Santana.
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Familiares e amigos em momento de oração
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade