Feira de Santana

Loja de material de construção fecha e trabalhadores demitidos cobram pagamento de salários

De acordo com a ex- operadora de caixa da loja Daiane Santos, a diretoria da empresa, que fica em Salvador, veio a Feira de Santana, no dia 12 de dezembro e anunciou o encerramento das atividades.

Laiane Cruz

Funcionários demitidos da loja de material de construção Comercial Ramos, situada no cruzamento das Avenidas João Durval e Presidente Dutra, em Feira de Santana, procuraram o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio na manhã desta sexta-feira (23) para pedir ajuda à entidade, pois, segundo eles, a empresa fechou as portas na cidade e demitiu em torno de 69 trabalhadores sem pagar os salários e a segunda parcela do décimo terceiro.

De acordo com a ex- operadora de caixa da loja Daiane Santos, a diretoria da empresa, que fica em Salvador, veio a Feira de Santana, no dia 12 de dezembro, e anunciou o encerramento das atividades. “Fecharam ainda com os clientes na loja, baixaram as portas, e chamaram a gente pra uma reunião, comunicando o encerramento”, afirmou.

Segundo Daiane, que trabalhou na empresa durante 1 ano e meio, a Comercial Ramos atuava há cerca de oito anos em Feira de Santana e vinha enfrentando um movimento fraco. Ela afirma que a situação piorou depois do início da obra do BRT na João Durval e na Presidente Dutra, que dificultou o acesso ao estabelecimento, prejudicando ainda mais as vendas. “Viemos ver o que o sindicato pode fazer pela gente, porque a Justiça está de recesso, e estamos de mãos atadas”, disse.

Outro ex-funcionário, Nivaldo Aragão protestou contra a falta de pagamento dos salários e do décimo. “É uma reação de morte deixar vários pais de família com fome, tomando dinheiro emprestado, em pleno mês de dezembro”.

O presidente do sindicato que representa a categoria, Délcio Mendes, afirmou que alguns funcionários que foram demitidos procuraram a entidade na semana passada, onde conversaram com o advogado, que explicou que o sindicato pode entrar com uma liminar, em uma ação coletiva, solicitando a liberação do fundo de garantia e o seguro-desemprego. Entretanto, para que isso aconteça, segundo Délcio Mendes, era necessário que todos os trabalhadores comparecessem ao sindicato, o que não aconteceu.

“Por ser um órgão oficial e que tem o direito de entrar com essa ação, ficaria muito mais fácil pra eles, porque o juiz vai olhar a situação deles e vai liberar essa liminar com mais facilidade, mas a gente não viu a presença de todos os companheiros, não sabemos qual a posição que eles assumiram. Então estamos aqui à disposição, e qualquer comerciário que passe algum vexame pode vir ao sindicato e nós vamos procurar resolver da melhor forma possível”, declarou o presidente do sindicato.

Ele acredita ainda que a Ramos fechou as portas devido a algumas dificuldades. “A obra do BRT, que está sendo feita, está há muito tempo sem concluir e vinha prejudicando as vendas deles. Outra coisa é que se houvesse juros mais baratos para as empresas em situação de dificuldade financeira, tomariam um empréstimo e resolveriam o seu problema com um prazo bem longo para pagar”, opinou.

As informações são do repórter Paulo José do Acorda Cidade.

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