Brasil

Mais de 3.860 agências bancárias fecham no 1.º dia de greve, diz Contraf

A greve atinge os 26 estados brasileiros e o Distrito Federal e todos os bancos, públicos e privados, e não tem prazo para terminar. Na sexta-feira (1), o sindicato deverá realizar outra assembléia para definir os rumos do movimento.

Acorda Cidade

No primeiro dia de paralisação, os bancários fecharam, pelo menos, 3.864 agências em todas as capitais e cidades do interior onde há presença de instituições financeiras, além de centros administrativos de todos os bancos, segundo informou a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiros (Contraf).

Segundo dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o país conta com 19.830 agências bancárias. Portanto, a paralisação do setor atingiu quase 20% do total.

O balanço da Contraf ainda é parcial e foi feito com base em dados enviados pelos sindicatos até as 18h. De acordo com a entidade, este índice de paralisação é superior ao alcançado no primeiro dia da greve do ano passado, quando os bancários fecharam 3.585 agências. 

A greve atinge os 26 estados brasileiros e o Distrito Federal e todos os bancos, públicos e privados, e não tem prazo para terminar.  

“Como nos anos anteriores, a tendência é o índice de paralisação aumentar a partir do segundo dia, uma vez que os bancos até agora não acenaram com a retomada das negociações para apresentar uma proposta que contemple as reivindicações dos trabalhadores”, disse Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do comando nacional, por meio de nota.

Os bancários reivindicam reajuste de 11%, valorização dos pisos salariais, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), medidas de proteção à saúde com foco no combate ao assédio moral e às metas abusivas, garantia de emprego, mais contratações, igualdade de oportunidades, segurança contra assaltos e sequestros e fim da precarização via correspondentes bancários, entre outros pontos.

Nova assembleia

Na sexta-feira (1), o sindicato deverá realizar outra assembleia para definir os rumos do movimento. A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) disse que mantém a proposta já apresentada aos bancários e que espera retomar a discussão.

Por meio de nota, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) disse que aceita discutir reajuste real dos salários e demais benefícios da convenção coletiva, inclusive a participação nos lucros e resultados.

A entidade, porém, destaca que que não pode aceitar um índice exagerado como o pleiteado pelos sindicatos. Afirma, ainda, que embora respeite o direito de greve, "não se pode admitir são os piquetes contratados que barram o acesso da população às agências e postos bancários para impor uma greve abusiva, injustificada".

 E é justo no início do mês que os bancos recebem maior afluxo de público devido ao pagamento dos 27 milhões de aposentados e pensionistas do INSS que recebem o benéfico pela rede bancária.

"Os bancários vêm recebendo aumento real, acima da inflação, desde 2004 e contam com a melhor convenção coletiva de trabalho do país, a única de âmbito nacional e garantia de Participação nos Lucros e Resultados (PLR); com a maior e mais ampla lista de benefícios, incluindo a menor jornada de trabalho do país, de seis horas e cinco dias por semana (30 horas semanais, enquanto a jornada legal para outras categorias é de 44 horas semanais)", completa o comunicado da Febaban. (As informações são do G1)
 

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