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O próximo sábado (25) será o dia estadual de Vacinação Antirrábica Animal. No dia “D” da campanha – iniciada no dia 23 de agosto com término na segunda-feira (27) – as vacinas estarão disponíveis em diversas unidades de saúde dos 417 municípios baianos, nas zonas urbanas e também em postos móveis em ruas, bairros e zonas rurais. Todos os cães e gatos a partir de um mês de idade devem ser vacinados contra a doença.
Em Feira o Dia D da vacinação contra raiva animal, acontece em 90 postos das 8 horas da manhã às 5 da tarde.
Os dados preliminares da vigilância epidemiológica do estado apontam que aproximadamente 580 mil doses da vacina já foram aplicadas. A Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) pretende vacinar, no mínimo, 80% da população alvo, estimada em 1,7 milhão de cães e 361 mil gatos, totalizando 2,07 milhões de animais. A finalidade é eliminar os casos de raiva humana no estado, oriundos da raiva canina e felina.
A vacinação é indiscriminada e todos os cães e gatos devem ser vacinados, independente do estado vacinal anterior. No caso de animais primovacinados (primeira dose), deve ser administrado um reforço vacinal, com intervalo de 30 dias.
Na Bahia, há seis anos não é registrado nenhum caso de raiva humana. Em animais, este ano, foram diagnosticados casos de raiva em outras espécies como bovinos, raposas e morcego. Em 2009, cinco cães tiveram a doença, sendo três na Região Metropolitana de Salvador, um em Ribeira do Pombal e um na região de Juazeiro.
A coordenadora do Grupo de Trabalho de Raiva, da Sesab, Fátima Cristina de Souza, diz que a doença ainda é considerada um grave problema de saúde pública. “Enquanto ainda tivermos casos em animais, existe o risco de a doença atingir o homem, por isso, a importância da vacinação”.
A raiva é causada por um vírus que ataca o sistema nervoso central e pode ocorrer em todos os mamíferos, inclusive no homem. A transmissão acontece pelo contato com a saliva de animais portadores do vírus rábico. A pessoa agredida por um animal raivoso que não receber o tratamento preventivo pode adoecer e, uma vez estabelecidos os sintomas, a doença evoluirá para o óbito.