Eleições

Angelo Almeida apresenta propostas para uma cidade criativa, inclusiva e sustentável

Durante a entrevista ele apresentou algumas propostas de governo, entre elas a construção de uma cidade criativa, inclusiva e sustentável, projetos de mobilidade urbana e a valorização da agricultura familiar e orgânica.

Acorda Cidade

O candidato Angelo Almeida do PSB foi o último entrevistado da série de entrevistas dos candidatos à prefeito de Feira de Santana ao Programa Acorda Cidade. Durante a entrevista, na manhã desta segunda-feira (5), ele apresentou algumas propostas de governo, entre elas a construção de uma cidade criativa, inclusiva e sustentável, projetos de mobilidade urbana e a valorização da agricultura familiar e orgânica.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade 

Angelo Almeida é feirense, tem 52 anos é casado e formado em odontologia pela Universidade Federal da Bahia (Ufba). Ele foi vereador em Feira de Santana entre os anos de 2009 e 2012 e na Câmara assumiu tarefas e debates importantes para a cidade como a mobilidade urbana, o movimento estudantil, atualização do plano diretor e o desenvolvimento social. Atualmente Angelo é suplente de deputado estadual e disputa a prefeitura de Feira de Santana.

 

Acorda Cidade: Quais as suas propostas caso seja eleito?

Angelo Almeida: Temos plano de governo que foi construído durante mais de um ano com diversos setores da sociedade civil organizada de Feira de Santana, setores ligados à mobilidade urbana, setores da saúde, da educação, cultura e com a realização de seminários.

Um grande seminário de âmbito nacional e internacional que realizamos aqui em Feira de Santana através do instituto João Mangabeira, do meu partido, o PSB e esse seminário foi o seminário cidade criativa. Tudo isso veio a partir dessas rodas de conversas, de seminários, de reuniões, tudo isso foi embasamento e nos alimentou de informações importantes para concluirmos esse plano de governo.

A cidade criativa, inclusiva e sustentável é um plano de governo elaborado com intuito principal de elevar o patamar de Feira de Santana, enquanto cidade pujante, com economia ativa e, sobretudo uma cidade com muita diversidade. Uma cidade que além da indústria que é forte, uma cidade que além da sua cultura do seu comércio, do serviço que nós temos certeza a partir dos estudos que estes serviços fazem parte justamente da matriz desenvolvimento de Feira de Santana desde as nossas origens e a gente tem dito de que para governar Feira de Santana é necessário que a gente tenha uma compreensão firme do nosso passado. Que a gente possa trabalhar e definir as nossas prioridades no presente e, sobretudo dialogar com o nosso futuro. Feira de Santana é uma cidade que precisa ser projetada para o futuro.

No nosso plano de governo existem algumas novidades que eu penso que foram criadas a partir desse amplo estudo. Um é a gente entender que o problema de saúde pública, é um problema que ele existe, de âmbito nacional.

O Sistema Único de Saúde (SUS) é uma boa plataforma de saúde pública, reconhecida mundialmente, mas com os recursos ficando escassos para o âmbito da saúde é preciso ter dentro do município a criatividade de poder fazer mais com menos. Fazer mais com menos é reconhecer que o recurso é pouco, mas objetivar políticas públicas que cheguem para a população de forma mais eficiente possível.

A gente percebe que algumas intervenções feitas dão conta de que tem candidatos se comprometendo com o hospital. E hospital é muito importante, mas acontece que o hospital é um compromisso do governador Rui Costa, foi tomado lá atrás. O governador Rui costa assumiu o compromisso e eu não tenho nenhuma dúvida que ele vai entregar o novo hospital público de Feira de Santana. O que vai nos dar oportunidade de em parceria com o governo do estado trabalhar governo do estado e a nossa gestão, no governo a parceria na saúde pública.

Mas, é preciso ir, além disso. Particularmente nós temos que ter uma preocupação de que a nossa sociedade, é uma sociedade moderna, uma sociedade do século XXI, e uma sociedade que coloca as nossas mães no mercado de trabalho. E o mercado de trabalho mudou, o mercado de trabalho ela vai buscar renda, vai aumentar a receita da casa. É preciso entender como é que vamos fazer para cuidar melhor das crianças, principalmente nessa perspectiva nova, que é uma realidade diferente nova, do século XXI como acabei de dizer.

Aí nós pensamos e elaboramos um programa chamado PSEC que são escolas pólo, escolas pólo de saúde, na educação de crianças. Precisa ser e vai ser eficiente porque vai ter o olhar do prefeito, a mão do prefeito e, sobretudo o coração e sensibilidade do prefeito da cidade. As escolas pólos são escolas que serão concebidas para que por regiões para cada dez escolas, e nós temos cerca de 200 escolas para o município, para cada dez escolas municipais nós vamos preparar uma delas.

A que vai atender fisicamente ao programa para transformá-la em um pólo de saúde e educação de criança. Esse pólo será composto por uma equipe multidisciplinar de médicos, gabinete odontológico, oftalmologistas, psicólogos, assistentes sociais, auxiliar de enfermagem. Sobretudo, haverá interação com o Ministério Público e com Conselhos Tutelares que estiveram contidos nesta determinada região, este programa, essa escola pólo vem cercada de inovação e de tecnologia, aonde cada criança vai ter um cartão criança cidadã naturalmente que em mãos dos seus pais, e nesse cartão constará todo o histórico desta criança enquanto ela estiver sobre os cuidados do poder público municipal dentro das escolas.

Esse pólo terá essa equipe multidisciplinar e terá relação com as direções das demais escolas. Nesta escola pólo vamos priorizar para que a partir do diagnóstico, da identificação de crianças que estejam em situação de vulnerabilidade e de risco naquela determinada região, essa escola também será uma escola de turno e contraturno, onde as crianças serão priorizadas para fazer parte e o município vai inclusive vai cuidar de fazer o transporte.

É um projeto que eu acredito que seja revolucionário para a cidade. A gente está observando o município de Feira de Santana, nós temos que debater o tema local. A saúde pública do município ela é deficiente, a educação no município é deficiente, se os nossos alunos, se as nossas crianças saem hoje do âmbito da escola municipal sem condições de escrever um texto, de fazer a redação, de fazer uma boa leitura, seguramente , o problema não é federal.

Até porque o aumento de recursos foi considerável. Foi esta ordem que eu falei. Esta é uma das prioridades do nosso governo, mas é óbvio que temos outras, sobretudo na mobilidade urbana.
Sobretudo a cidade estressou após 16 anos em algumas ações que nós não queremos desconhecê-las.

Mas, penso que inovações podem vir inclusive no campo da mobilidade urbana, com relação ao programa que nós estamos criando que é o transporte inteligente, com o uso de um aplicativo, que estamos assegurando à sociedade que vamos ter no primeiro dia do nosso governo um edital nacional e internacional aonde vamos receber a oferta de empresas do mundo inteiro e do Brasil, de Feira de Santana e da Bahia, aonde vamos disponibilizar para o transporte público, dispositivos em cada carro que faça transporte, que faça parte do sistema de Feira de Santana, seja ele ônibus, vans, ou microônibus.

E esse dispositivo vai permitir que o cidadão com simplicidade dentro de casa baixe um aplicativo no seu smartphone e aí ao apertar um botão nesse passando próximo da sua casa do seu trabalho, ou de onde ele esteja no próximo ponto de parada
O plano de governo está ai e eu quero solicitar que possam acessar no site e ver com tranqüilidade tudo que está lá.

 

Acorda Cidade: Qual o projeto do senhor para a mobilidade urbana?

Angelo Almeida: Temos claro que uma cidade que não acompanha a inovação é uma cidade fadada a falir. A mobilidade urbana tem a ver com a saúde das pessoas, porque é uma agonia em Feira de Santana para ir ao trabalho, é uma agonia sair de casa para o lazer, é uma agonia para retornar do trabalho e com isso é fundamental que seja feito um diagnóstico na cidade, ouvindo a sociedade.

Ela tem que ter pertencimento e participação no momento das decisões. Governar é eleger prioridades. Nós temos um plano diretor que é do século passado, é do ano de 1990, e neste ano de 2016 este governo depois de 16 anos de gestão resolve abrir para a sociedade a discussão de um plano diretor e faz essa discussão, abre essa discussão convocando a sociedade civil organizada para o dia 8 de janeiro. As pessoas de férias e querem dizer que isso é participação popular.

Nós não vamos consertar a cidade, o que está acontecendo é que a cidade estressou e existe uma deficiência do sistema, assim como existe na saúde, na educação. Nossa solução é discutir projetos que se identifiquem um com o outro. Por exemplo, o projeto que nós apresentamos que é o transporte inteligente que eu acabei de dizer, aplicativo, tecnologia, com dispositivo nos carros e as pessoas terão acesso ao momento e isso tem a ver também com segurança.

Porque as pessoas vão sair de casa no horário que está programado. Com o programa e ele vai chegar ao ponto de ônibus e ter um tempo mínimo de espera. Com isso a gente vai resolver muita coisa com simplicidade, a tecnologia e inovação são feita para isso. Vamos investir com o transporte requalificado, não apenas com ônibus novo, mas precisamos entender que há um comparativo a ser feito, mas isso é claro, é simples fazer essa leitura.

Houve fuga em massa, desses 16 anos dos usuários de transporte coletivo para outro tipo de transporte alternativo, moto própria. Precisamos compreender e a partir do amplo diálogo com a sociedade fazer as opções que sejam necessariamente importantes para resolver o problema. Se as empresas só tem 200 ônibus, tudo bem, vão ficar com 200 ônibus , dentro do anel de contorno e nós vamos trabalhar com cooperativas para montar estruturas regionais fora do anel, por regiões da cidade e lá chamar a sociedade, o microempresário, o trabalhador, que tenha afinidade com o transporte , qualificar esse pessoal e ai poder fazer um transporte de qualidade.

As pessoas precisam sair de casa com tranquilidade. Esse é uma das tarefas que eu vou cumprir, ouvindo a sociedade e, sobretudo discutindo isso no campo debate com a cidade. A outra é a bicicleta, Feira de Santana tem tudo a ver para ser a cidade das bicicletas do Norte e Nordeste do País. O mundo inteiro, o mundo moderno já aderiu. É preciso ter um interesse público, a sensibilidade política e social para poder buscar recursos para fazer o nosso plano de governo.

No plano de governo tem o nosso compromisso de entregar ao povo de Feira de Santana 100 km de ciclovias. Não adianta entregar só a ciclovia. Temos que adequar à cidade para que os nossos transbordos possam ser dotados de espaço de convivência para os ciclistas, banheiros, vestuários, espaço de convivência.

Isto é um compromisso que vai melhorar muito, porque vai dar para aqueles que tenham a oportunidade de usar a bicicleta e aqueles que não tem ,mas gostariam, de usar. Eles vão cuidar da saúde.
Discutir os problemas locais são as coisas mais importantes que nós temos para fazer agora. Os problemas nacionais é obvio que eles tem necessariamente que serem avaliados por todos nós. É importante discutir a mobilidade urbana, mas é fundamental dizer que não se vai resolver mobilidade urbana sem ouvir a sociedade, sem dialogar com ela, sem compreender aonde estão os pontos críticos do nosso sistema. A partir dessa compreensão com técnicos, com profissionais capacitados, a gente possa apontar os caminhos. São soluções tiradas a partir de um amplo debate, mas outras poderão surgir a partir do momento que a gente sente e abre um amplo diálogo com a sociedade de Feira.

A cidade nesses 16 anos não tem discutido nada sobre isso. A prova inequívoca disso e que a cidade é desprovida de um plano diretor, à margem lei federal, a lei dos estatutos das cidades

 

Acorda Cidade: Qual o projeto do senhor para os distritos?

Angelo Almeida: Integrar, facilitar a integração dos distritos com a cidade. O transporte público deficiente de que já quebrou que está tentando se reerguer, ele precisa ser pensado de forma diferente para os distritos.

Mas, sobretudo levar para os distritos principalmente aonde há essa locação numa nova cultura. Eu tenho conversado muito com alguns companheiros que tratam do tema da agricultura familiar e sobretudo da agricultura orgânica. Temos que agregar valores ao que. Não temos a vocação e nunca tivemos para o agronegócio. A nossa vocação da cidade é para a agricultura familiar e isso precisa ser melhor trabalhado agregando valores.

Temos a bacia hidrográfica que ajuda uma parte da cidade principalmente da região do distrito de Jaíba, do distrito de Humildes. A bacia do Jacuípe onde tem hoje a Pedra do Cavalo temos condições de promover e vamos fazer com certeza com interesse da prefeitura o avanço, a mudança da cultura da cidade e da zona rural para a gente produzir produtos orgânicos em escala que possa ser consumido por nossa cidade.

Na zona rural, nos locais onde nós temos a possibilidade de fazer avançar vamos trabalhar muito recuperando áreas degradas, usando água do subsolo, ou água da Bacia do Jacuípe e vamos aproveitar o nosso sol que e fundamental e nós temos em abundância, uma iluminação maravilhosa para essa agricultura orgânica e na outra parte da cidade, por exemplo, Jaguara, são áreas que são muito vocacionadas para a gente explorar os talentos da cidade do ponto de vista do artesanato, da valorização do artesanato e também das atividades de prestação de serviços.

É preciso fazer interagir melhor a área urbana com a zona rural, gerando emprego e renda e vamos trabalhar fortemente em cima disso.
 

Acorda Cidade: Quais as propostas do senhor para revitalizar o Centro Insdustrial e criar mais empregos?
 

Angelo Almeida: O Centro Industrial de Feira de Santana tem a ver com a situação geográfica da cidade. Vivemos em uma cidade que é entreposto comercial e de diversas rodovias federais. E pela posição estratégica, é importante que a gente tenha um patamar político, de interesse e de vontade, para que a gente possa botar em baixo do braço propostas para apresentar ao Brasil e ao mundo. Propostas viáveis de que apresente Feira de Santana como uma cidade que vai ser solução para empresas limpas porque não dá para trazer indústrias que sejam poluentes para Feira de Santana. A indústria hoje é a indústria da cultura, da inovação da tecnologia e com essas indústrias que nós vamos dialogar muito porque ela gera muito emprego, gera renda.

O nosso programa de governo está pautado na aposta, na economia da criativa, na aposta na cidade criativa, trazendo indústria de arte, de cinema. O Centro de Convenções é o grande distrito da economia criativa, o distrito de cultura. Vamos construir naquele espaço um grande centro de economia criativa aonde o cinema, o teatro, o artesanato a gastronomia, tudo isso possa ser concentrado, levando os nossos jovens a ensinamento. Isso é a sociedade moderna, a sociedade que Feira de Santana precisa se abraçar para avançar no sentido de reduzir o desemprego e darmos sustentabilidade e sobretudo igualdade para as nossas pessoas.

 

Acorda Cidade: Qual a sua proposta em relação à saúde pública em nossa cidade?

Angelo Almeida: As soluções precisam ser simples. O dinheiro do SUS é curto, o programa do SUS é um programa extraordinário. Temos hoje em Feira de Santana dois tipos de medicina. Uma medicina de excelente qualidade que compara-se a medicina de países europeus e nada deixa a desejar quando chegamos em grande centros conveniados com o SUS, que recebem recursos do SUS. Mas, a outra medicina da periferia é uma lástima.

É lamentável que a gente esteja hoje acompanhando o que está acontecendo em Feira na saúde pública. Eu tenho a dizer que nós vamos inverter esta regra. Já estamos começando inclusive. Quando a gente cria o PSEC que bota a saúde, dialogando com os profissionais de educação, com os profissionais da assistência social, da psicologia, perto das crianças, vamos diminuir, e acabar com a presença das crianças em policlínicas.

Temos que afastar as crianças das policlínicas, dos postos de saúde e cuidar delas onde elas vivem. Esse programa será revolucionário. Não tenho dúvida que a Bahia e o Brasil terão que copiar, porque é preciso ser assim. Qualidade da educação, mas sobretudo qualidade do cuidado das crianças também junto com a qualidade da educação.

 

Acorda Cidade:Se houver segundo turno o senhor vai apoiar outro candidato?

Angelo Almeida: Primeiro que o candidato que tem as principais características de ser um candidato que vai atender a demanda da sociedade e do que o povo quer hoje somos “nós”. Somos novos. Fiz cinco eleições e única que eu ganhei fui escolhido o melhor vereador de Feira de Santana três anos consecutivos. Quando me deram oportunidade eu cumpri muito bem o meu papel e esse programa que nós temos vai encantar as pessoas. Nós vamos ganhar a eleição este ano. Vamos para o segundo turno, obvio que eu não vou discutir apoio a ninguém porque eu não estou aqui para ser candidatura secundária. Não vou, não serei. Vamos ser uma candidatura alternativa apresentada ao povo de Feira. O jogo está começando agora, há uma necessidade de mudança, há uma vontade de mudança e eu não tenho dúvida que vamos avançar nesse sentido.


 

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