Ney Silva
O Hospital Dom Pedro de Alcântara (HDPA) enfrenta problemas para acomodar pacientes com câncer de Feira de Santana e mais 70 municípios da Bahia. Só de pessoas cadastrados já são 7.500. Deste total, 1.118 estão em tratamento permanente. A enfermaria para pacientes oncológicos que precisam de internamento só possui 13 leitos que ficam sempre lotados.
A diretora do HDPA, Sandra Peggy, confirma que a demanda de oncologia na verdade já existia, mas estava reprimida. Ela lembra que há três meses quando foi questionada sobre o fechamento do pronto socorro do hospital informou que a tarefa não era fechar e sim reordenar os serviços.
Segundo Sandra, esse aumento de demanda é causado pela instalação da máquina de radioterapia que vai entrar em funcionamento nos próximos dias. “A gente imaginou que a emergência ia ficar vazia. Muito pelo contrário. Temos um pronto atendimento referenciado lotado com pacientes internados”, afirmou.
Ela informou também que a demanda é tão grande que não há mais condições de se colocar os pacientes dentro das enfermarias de internação. “Em alguns momentos ficamos até assustados como a demanda está se comportando. Acredito que vai chegar momento em que não vai ter onde se colocar pacientes”, disse Sandra.
A diretora afirmou também que se a emergência não fosse readaptada para esses pacientes a situação estaria muito pior. Apesar de todas as dificuldades o atendimento oferecido pelo HDPA é considerado bom por pacientes e acompanhantes.
A dona de casa Márcia Silva Santos que mora no bairro Pedra Ferrada vem sofrendo bastante depois que o marido dela Josuel Geraldo de Araújo Silva de 46 anos começou a lutar contra um câncer no esôfago. Mas ela se mostra conformada com a situação e tem feito de tudo para que ele se recupere. Ela elogiou o atendimento oferecido pelo Hospital Dom Pedro de Alcântara. “O atendimento aqui é ótimo”, disse.
Fotos: Ney Silva/Acorda Cidade