Greve da rede estadual
Sem água e energia elétrica, professores permanecem na Assembleia Legislativa
Presidente da Assembleia pediu à Justiça que professores saiam do local. Sindicato afirma que não foi notificado sobre o pedido.
Acorda Cidade
A vice-coordenadora do Sindicato dos Professores Estaduais (APLB), Marilene Betros, disse na manhã desta terça-feira (17) que o sindicato não foi notificado sobre o pedido de reintegração de posse do saguão da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), feito à Justiça pelo presidente da casa, deputado Marcelo Nilo.
Reprodução/G1
"Não fomos notificados ainda. O local está sem energia, sem ar-condicionado, à noite fomos proibidos de usar o banheiro, tem um guarda na porta impedindo a entrada. A gente vai permanecer lá, o movimento continua. Não concordamos com a atitude do presidente da Assembleia, achamos que ele devia trabalhar no sentido de buscar a negociação, e ele busca um caminho de retirar os professores dessa forma. Nós queremos negociar. Amanhã [quarta-feira] teremos assembleia, onde vamos definir os rumos do movimento e depois vamos ao Ministério Público", disse Marilene Betros.
O saguão da Alba está ocupado pelos professores da rede estadual de ensino há mais de 90 dias. O pedido de retirada deles do local foi feito no final da tarde de segunda-feira (16), quando a greve completou 97 dias.
O presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo, afirmou que participou de reunião com representantes do sindicato da categoria e que não houve acordo. O deputado disse que pediu que os grevistas saíssem do saguão até quarta-feira (18), mas os sindicalistas discordaram da proposta e solicitaram que o prazo fosse estendido até o final do mês.
"O ar-condicionado está ligado há mais de 90 dias, ininterruptamente. Tudo tem limite, tenho que ter responsabilidade com o poder. Passei a manhã toda tentando contato com eles, não me atendiam, só depois que entrei na Justiça me procuraram. Estou aberto ao diálogo, mas não posso permitir que a Casa seja acampamento de um movimento grevista ilegal. O Poder Legislativo é que tem que ser guarita de um movimento ilegal?", questionou o presidente Marcelo Nilo logo depois da reunião.
Na última assembleia, ocorrida no dia 13 de julho, a categoria resolveu continuar com a greve após analisar proposta do Ministério Público da Bahia (MP-BA). As informações são do G1.
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