Feira de Santana

Reitor corta água e luz para forçar os estudantes a desocuparem o Bandejão da UEFS

Cerca de 15 estudantes estão ocupando o local desde o dia 12 de abril, reivindicando melhorias para o restaurante. Segundo o reitor da UEFS, o objetivo da ação é retomar o controle da situação

Roberta Costa

Na manhã desta quinta-feira (5), o reitor da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), professor José Carlos Barreto, decidiu cortar a luz, a água e impedir a entrada de estudantes no prédio onde fica instalado Restaurante Universitário, conhecido como “Bandejão”.

 
Cerca de 15 estudantes estão ocupando o local desde o dia 12 de abril, reivindicando melhorias para o restaurante.
 
Segundo o reitor da UEFS, o objetivo da ação é “retomar o controle da situação, pois um grupo minoritário está prejudicando mais de 1500 estudantes, diariamente”.
 
Ele avisou que a partir desta manhã, ninguém mais entra no local. “Quem está dentro pode sair, eles estão sendo convidados a se retirar. As negociações irão continuar, mas precisamos que o restaurante volte a funcionar o mais rápido possível”.
 
Através de uma das janelas do restaurante, Edmundo Carvalho, estudante do curso de história, passou para uma colega, uma pasta contendo documentos que, segundo ele, “são importantes e precisam ser copiados, pois estão em apenas uma via”.
 
Ele denunciou também a agressão de duas estudantes, durante a intervenção da reitoria. "Isso tudo é uma cena armada entre a reitoria e a ADUFS (Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Feira de Santana), para que os estudantes se intimidem e saiam. Mas, não vamos sair. Além de alguns pontos da pauta que não foram atendidos, as condições de higiene desse restaurante não são adequadas”.
 
O professor Jucelho Dantas, da ADUFS, disse que o grupo está agindo contra o próprio diretório acadêmico. “Estamos acompanhando o processo de discussão através de uma comissão de negociação. Mas, não se pode prejudicar toda uma comunidade por um pequeno grupo.
 
Respondendo os questionamentos dos estudantes, o reitor da UEFS afirmou que dos seis itens reivindicados, cinco já foram acordados e apenas um está sendo discutido. 
 
Fotos: Paulo José/Acorda Cidade
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