Daniela Cardoso
Os festejos juninos em Feira de Santana e cidades da região poderão ser realizados. O anúncio foi feito durante uma reunião nesta terça-feira (8) no Museu Parque do Saber, que contou com a participação de prefeitos de algumas cidades que integram o Consórcio Portal do Sertão, e encontram-se em situação de emergência por conta da seca.
O prefeito Tarcízio Pimenta informou que uma redução sistemática de valores aplicados irá possibilitar a realização da festa. Segundo ele, uma redução em torno de 30%, em relação aos gastos dos anos anteriores deverá acontecer.
Entre as principais medidas para a diminuição dos gastos, estão a redução dos dias da festa e a redução de artistas nacionais. Um teto de contratação deverá ser estipulado. De acordo com Tarcízio, todos os valores serão divulgados.
“Eu acho que nenhum cidadão iria se sentir contemplado e satisfeito, se a gente deixasse de comprar água e alimentos, para trazer um artista que ele pode ouvir no rádio ou na televisão. Temos que ter esse amadurecimento, porque o artista ganha o dinheiro e vai embora, já a sede continua”, disse Tarcízio.
O prefeito de Amélia Rodrigues e presidente do consórcio, Antonio Carlos Paim, conhecido como Toinho do PT, ressaltou ainda que os custos com propaganda também serão reduzidos. “Na prática vamos diminuir os dias de festa, que passará a ser dois. Vamos manter as bandas regionais e locais como atrações e vamos reduzir os investimentos em propaganda. Esses são os pontos cruciais”.
O prefeito de Santa Bárbara, professor Jailson, ressaltou que o São João é uma festa tradicional da região e que por isso houve o esforço para a realização. Ele também anunciou a redução dos investimentos.
“Teremos a redução dos dias. A nossa maior prioridade será a sustentação do apoio as condições de dificuldade com relação a água e alimentação com a população da zona rural”, afirmou.
O prefeito de Santa Bárbara ainda informou que os investimentos com a festa junina já vinham sendo reduzidos há uns anos atrás.
“O investimento do nosso município ao longo dos anos daria em torno de 600 a 700 mil reais, sabemos que isso aperta devido ao custo das atrações nacionais. Nós já vínhamos reduzindo esses custos e agora é a oportunidade para a gente colocar o São João no pé de serra e redimensionar os custos”, avaliou.
Além de Feira de Santana e Santa Bárbara, fazem parte do consórcio e encontram-se em estado de emergência, os municípios de Antônio Cardoso, Tanquinho, Santanópolis, Irará e Água Fria. O município de Amélia Rodrigues não decretou estado de emergência, mas também compõe o consórcio.
Os festejos juninos de Feira de Santana, e cidades da região, estavam ameaçados devido a uma recomendação do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) que pedia a redução de gastos públicos com festas juninas por prefeituras que decretaram situação de emergência devido à seca.
As informação são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade