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JN no Ar: Confira os assuntos abordados sobre Feira de Santana

A maior cidade do interior baiano é referência de comércio, educação e saúde para cerca de 70 cidades num raio de cem quilômetros. Essa foi a constatação que a equipe do JN no Ar teve na visita a Feira de Santana.

 

 

Williany Brito

Na edição do dia 28 de setembro do Jornal Nacional, a cidade de Feira de Santana foi "sorteada" para receber a visita do jatinho do projeto "JN no AR". Todos se perguntavam: o que será que eles irão destacar sobre a segunda maior cidade do interior da Bahia?

Pois bem, seguem os assuntos abordados pelo JN no Ar, nesta quarta-feira (29), sobre a Princesa do Sertão:

 

Feira de Santana é um importante pólo rodoviário, com mais de 600 mil habitantes, com uma economia vibrante.  Algumas empresas e características surpreendem a equipe nesta visita ao interior do Nordeste. Mas algumas carências já foram superadas por outras cidades deste porte. Feira de Santana tem hino e símbolo. A escultura lembra as tropas de burro do passado.

Hoje, o cruzamento de estradas faz de Feira de Santana o mais importante entroncamento rodoviário do Nordeste. O anel do contorno vive congestionado. A maior cidade do interior baiano tem o maior centro  de abastecimento do Norte e Nordeste. É referência de comércio, educação e saúde para cerca de 70 cidades num raio de cem quilômetros.

O número de homicídios assusta: só neste ano, já aconteceram 294. O teatro e o centro de convenções esperam inacabados há quatro anos.

O shopping local vai crescer 30% e vai ganhar um hotel e um prédio comercial de 18 andares. As confecções representam um terço das indústrias. São 350 empresas, 7 mil empregos, e podiam ser mais. “As pessoas querem o trabalho, mas elas não estão preparadas para o trabalho”, explicou o empresário Luciano Portugal.

O museu de tecnologia tem um planetário moderníssimo. Com um ano e nove meses, já recebeu mais de 90 mil visitantes. Um monitor mostra as 160 antenas que oferecem internet de graça para 35 mil usuários da cidade.

O dono de transportadora Júlio Flávio Apolinário é, também, presidente do aeroclube, que não tem aeroporto onde voar. “O aeroporto foi interditado há um ano e oito meses aproximadamente por falta de segurança”, contou ele.

O pequeno terminal de passageiros já perdeu até os equipamentos básicos. Mas a maior ironia é que esta cidade sem aeroporto fabrica aviões!

Ao lado da pista desativada, o empresário Noé de Oliveira Souza monta pequenos aviões. Dois deles, projetados pelo próprio Seu Noé, que hoje está passando o negócio para o neto. “Já temos 20 aeronaves exportadas. Sendo que 16 estão nos Estados Unidos e quatro na Austrália”.

Mas a fábrica está ameaçada. A partir do ano que vem, novas regras vão proibir Seu Noé de produzir cinco dos seis modelos feitos na fábrica.

Convidado para levar a produção para os Estados Unidos ou para a Índia, o empresário de Feira de Santana diz que vai resistir. “Vou lutar para não sair do meu país. Vou fazer de tudo, vou correr atrás das autoridades que poderão reverter essa situação, para que eu possa ficar aqui”, contou ele.

Contrastes de uma cidade que cresceu e, hoje, mal cabe no verso dos repentistas.

Sobre a Bahia…

14,7 milhões habitantes vivem no estado mais populoso do Nordeste. “O que eu mais gosto do meu estado? Das festas, do carnaval, da alegria do povo baiano”, contou uma moradora.

É a primeira economia da região, fundamentada no setor de serviços. A renda média mensal de R$ 624 está abaixo da média nacional de R$ 1.003.

O acesso à rede de esgoto, 41%, é o segundo maior da região. A taxa de mortalidade infantil, 26,3, supera a média nacional, de 19,3. O índice de homicídios, 6,8%, também é maior que a média do país de 4,6%.

O mesmo acontece com o número de analfabetos. A Bahia tem 9,5 milhões de eleitores. 

(As informações são do JN no Ar)

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