Prefeitura pode abrir concursos para anestesistas
Em entrevista ao programa Acorda Cidade, o prefeito Tarcízio Pimenta afirmou que a abertura de concurso público para o cargo é a solução para o problema.
08/07/2010 às 11h38, Por Dilton e Feito
Os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) de Feira de Santana há 30 dias estão sem anestesistas. Ainda não houve nenhuma reunião com o Conselho Municipal de Saúde para discutir o fato. Em entrevista, hoje (8), ao programa Acorda Cidade, o prefeito Tarcízio Pimenta afirmou que a abertura de concurso público para o cargo é a solução para o problema.
Segundo o prefeito, o número de anestesistas que se formam na especialidade é insuficiente para atender as necessidades do mercado. “Os anestesistas vão estabelecendo a vontade: determinam de que formam trabalham e quanto querem ganhar na especialidade. Isso repercute de forma mais dolorida e evidente justamente no Sistema único de Saúde.
Tarcízio ainda afirmou que os médicos anestesistas não são funcionários da prefeitura, e sim prestadores de serviços. “Esses médicos não têm vinculo empregatícios com a prefeitura. A gente paga em função do serviço prestado mediante a um contrato assinado com as unidades hospitalares”.
Através de uma carta enviada ao Acorda cidade, a Casa de Saúde Santana informou que desde o início da greve, 1.500 pacientes deixaram de ser submetidos à cirurgia, “causando um grande prejuízo a população”. “Só aqui no Hospital Casa de Saúde Santana deixamos de efetuar cerca de 391(trezentos e noventa e uma) cirurgia”, diz o diretor Ângelo Mário de Carvalho. Ainda de acordo com a carta, o diretor cita um fato considerado grave na visão dele: “… me sensibilizou a vinda aqui de um senhor portador de câncer de próstata, morador de Bonfim de Feira, urinando sangue, necessitando de uma cirurgia imediata”.
Segundo o diretor, há necessidade de uma intermediação entre a prefeitura e os anestesistas. O motivo da greve da categoria é a reivindicação de 100% nos valores dos procedimentos. O prefeito retrucou, afirmando que ontem (7) teve uma reunião com o provedor da Santa Casa, com a diretoria do Don Pedro, onde foi abordada a greve dos anestesistas. “Os hospitais estão querendo jogar parcela de sua culpa na prefeitura”, diz Tárcízio.
“Mas quem tem o poder de reajustar a tabela não é a prefeitura. Eles precisam entender que a tabela é confeccionada pelo Ministério da Saúde. Então, se deve cobrar ao Ministério”, salientou o prefeito.
Confira a entrevista completa pelo PodCast do site.
Williany Brito
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