Feira de Santana

Prefeitura inicia demolição de equipamentos públicos do Centro de Abastecimento

A ação gerou divergências entre alguns comerciantes de artesanato e algumas pessoas que tentaram impedir a demolição.

Rachel Pinto

A prefeitura de Feira de Santana iniciou na manhã desta quarta-feira (26) a demolição de equipamentos públicos no Centro de Abastecimento para as obras do Shopping Popular. A ação gerou divergências entre alguns comerciantes de artesanato e algumas pessoas que tentaram impedir a demolição.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

A comerciante Idileuza Rodrigues da Silva que há 17 anos tem um box de artesanado no local disse que fica muito triste de ver uma situação dessa. Segundo ela, o Centro de Abastecimento como um todo tem registro especial das práticas culturais e coletivas e isso não deveria ficar só na imaterialidade, deveria proteger também o espaço físico. Ela pontou que esse registro está documentado em lei, mas infelizmente a prefeitura não respeita essa condição, assim como não respeita o Centro de Abastecimento.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

"Temos um governo que não respeita a lei e para nós isso é triste. O prefeito vai tirando as pessoas do espaço para dar aparência de desleixado, para formar opinião pública para que as pessoas venham aprovar aquilo que ele tem em mente e que ele quer executar. Isso é triste e deveríamos ser respeitados. Aos poucos vão tirando tudo e tentando nos acuar", afirmou.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Para Idileuza, muitas cidades se orgulham de ter um patrimônio imaterial e em Feira de Santana não existe esse tipo de atitude, principalmente por parte da prefeitura.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Pedro Américo, coordenador da Defesa Civil de Feira de Santana relatou que o órgão estava acompanhando a demolição e a remoção dos equipamentos públicos. Trabalhando para orientar o processo e dar tranquilidade as pessoas e aos comerciantes. Na opinião dele, a obra do Shopping Popular vai modernizar a cidade e não devem ser levados em consideração interesses pontuais e sim interesses maiores da cidade.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

"Será uma obra que vai organizar o centro comercial. Não só a parte estética, mas de segurança. Isso interfere também na gestão de risco da cidade e é mais um passo para a prefeitura solucionar os problemas do centro comercial. Trabalhamos hoje aqui para orientar na remoção dos equipamentos. Muitas pessoas acharam que seriam todos retirados. De fato isso não aconteceu e não aocntecerá neste momento. A obra está a todo o vapor e moderniza o centro da cidade", concluiu.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Obra do Centro Comercial Popular é legal e não prejudica empresários de artesanato


Os empresários que usam espaços públicos para comercializar produtos de artesanato, em área do Centro de Abastecimento de Feira de Santana, não estão sendo prejudicados em sua atividade, em razão da construção do Centro Comercial Popular.

Em verdade não são artesãos. Não existe produção de artesanato no Centro de Abastecimento. São empresários, alguns, inclusive mantendo lojas fechadas, servindo de depósito para o seu material, vendido para várias regiões da Bahia e outros estados.

O Goveno considera importante a venda de artesanato no Centro de Abastecimento. Por isso está oferecendo espaço estruturado no Centro Comercial Popular para o setor. É importante lembrar que os lojistas podem manter o seu negócio no Centro Comercial Popular que fica em área anexa ao próprio Centro de Abastecimento. Caso prefiram, está sendo disponibilizado um prédio, próximo, como alternativa para que ali promovam o seu negócio.

Portanto, a administração municipal respeita essa atividade comercial, mas não pode ser empecilho para um projeto maior, que ao mesmo tempo solucionará o crônico problema de desordenamento do comércio central da cidade, que beneficiará a toda a população, e revitalizará o Centro de Abastecimento, atraindo muito mais consumidores para os que ali investem.

O imaterial, alí, não é absolutamente a atividade empresarial.

O Centro de Abastecimento seguirá, com todo o seu significado comercial e histórico. Não existe qualquer ameaça a este entreposto comercial de grande tradição, assim como não há nenhuma decisão judicial ou do IPAC que impeça a realização da obra. Para executa-la, o Governo Municipal vem atuando desde a concepção do projeto e da celebração de uma Parceria Público-Privada com toda a cautela possível.

Várias reuniões e audiências públicas foram realizadas com todos os interessados no assunto. Entidades que representam o comércio, em todos os níveis, foram consultadas e aprovaram o investimento.

Para realizar as intervenções, os empresários do setor de artesanato foram notificados e tiveram opções e prazo para adequar temporariamente a sua atividade, tudo, rigorosamente, dentro dos princípios legais.

 

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.
 

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