Rachel Pinto
Gregório dos Santos Teles, acusado de envolvimento com a morte do empresário Gil Marques Porto Neto, no dia 21 de maio 2014, ganhará liberdade do Conjunto Penal de Feira de Santana nesta segunda-feira (13). Os outros acusados de participação no crime já foram liberados. São eles: o cabo da Polícia Militar Ailton Nascimento da Silva e Eliomar Alexandre Rocha Nunes.
O advogado de defesa de Gregório dos Santos Teles, Pericles Novais Filho, em entrevista ao Acorda Cidade disse que o seu cliente que também era acusado de participar de mortes durantes a greve da Polícia Militar em 2014, foi liberado desta acusação, e não tem nada a dever em relação a esses processos.
“Em relação ao caso do empresário Gil Porto ele vai responder em liberdade que já lhe foi concedida e segue liminar pelo STF. Ele foi absolvido e liberado das acusações que lhe foram impostas em relação aos homicídios ocorridos na greve. Ele é um homem livre e só responde a um processo na comarca de Feira de Santana que é o fato de Gil, ao qual está inclusive com recurso no STF para anular o processo em face das questões processuais que foram levantadas pela defesa realizada por mim e pelo advogado André Novaes”, explicou.
De acordo com Péricles Novais, Gregório, caso seja pronunciado pela a morte de Gil Porto, não pode voltar ao Conjunto Penal porque está com um habeas corpus do STF. “Ele está com habeas corpus do STF e essa ordem por ser superior ele não pode voltar. Só se vir uma ordem contrária. Só o STF pode incidir sobre a sua liberdade. Ademais, nós vamos fazer recursos e enquanto os recursos estiverem prosperando eles está sob a decisão do STF e não pode ser preso”, completou.
Pericles Novais acrescentou ainda que se ficar comprovada na sentença de pronúncia que os seus clientes não foram os autores do crime, a polícia deverá retomar às investigações do crime.
“Em relação a questão do empresário a polícia entende e a justiça ainda não se pronunciou que os meus clientes foram os autores. Mas, se comprovada amanhã na sentença de pronúncia que não foram eles os autores, a polícia deve sim voltar às investigações. Em relação as mortes ocorridas na greve, às quais eles foram pronunciados, neste caso específico a polícia deve voltar a apurar porque ficou comprovado que não foram eles. Na figura dos meus clientes, não está definida, não está e não vai estar em nenhum momento porque não foram eles que fizeram”, disse.
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O advogado salientou ainda que Gregório deixa o presídio sem responder a tentativa de homicídios na greve, só a responder a suposta participação, na morte de Gil Porto.
Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade