Consumo

Clientes criticam atendimento no comércio de Feira de Santana

O coaching André Kaercher, que faz palestras e trabalha com treinamento profissional, explica que existem todos os recursos possíveis para que o atendimento melhore no comércio de Feira de Santana.

Daniela Cardoso

Passada as festas de final de ano, muitas pessoas procuram as lojas para trocar produtos que ganharam de presente com tamanhos errados ou por alguma característica que não agradou. Alguns consumidores que procuraram as lojas para realizar a troca de presentes, não ficaram satisfeitos com o atendimento.

Antônio Francisco Guimarães afirma que o atendimento no comércio de Feira deixa muito a desejar. “Quando um cliente entra na loja ele quer ser bem atendido, quer atenção. As vezes os vendedores ficam batendo papo, quando é uma pessoa negra eles não atendem bem e não pode ser assim. Na hora da troca, como ele não vai ter lucro, muitos vendedores recuam e não fazem um bom atendimento” afirmou.

Magnólia da Silva disse que esteve no comércio de Feira de Santana para trocar uma mercadoria. Apesar de ter conseguido, ela afirma que os lojistas precisam investir na capacitação dos funcionários para melhorar o atendimento.

“O atendimento é bom, mas poderia ser melhor, pois algumas vezes a gente percebe o despreparo de alguns vendedores. Acho que precisa ter um curso para eles apreenderem a lidar com a clientela. Em algumas lojas os vendedores ficam conversando quando o cliente chega, ficam no WhatsApp e a gente fica sem o devido atendimento”, disse.

O coaching André Kaercher, que faz palestras e trabalha com treinamento profissional, explica que existem todos os recursos possíveis para que o atendimento melhore no comércio de Feira de Santana. Segundo ele, falta investimento dos empresários.

“Percebo muitas falhas no atendimento em Feira de Santana e trabalho nessa observação em duas perspectivas básicas. A primeira é que a grande dificuldade que temos hoje na questão do atendimento e vendas em Feira de Santana não se dá apenas por questões técnicas, mas por questões comportamentais. Muitas vezes o atendente tem a técnica, mas falha em questões comportamentais. Ele não tem inteligência emocional, não tem auto liderança, não tem criatividade, não consegue ter um relacionamento interpessoal e isso tudo vai impactar diretamente no processo de desenvolvimento da técnica de venda”, explicou.

“O segundo ponto são as questões empresariais. Os comerciantes investem muito pouco em capacitação aqui em Feira de Santana. poucas empresas são aquelas que realmente investem de forma consistente em programas de treinamento. Não adianta contratar um palestrante e proporcionar para sua equipe 15 horas de treinamento durante o ano inteiro. Isso não adianta. O que dá resultado é investir em treinamento o ano inteiro em doses homeopáticas, um pouco a cada semana, a cada mês. Quando isso acontece, aos poucos você percebe que os resultados começam a aparecer”, acrescentou Kaercher.

O coaching destacou que a capacitação contínua é o caminho para as falhas no atendimento diminuírem. “Eu trabalho com a metodologia que parte do principio básico de que uma equipe bem formatada, bem treinada precisa ter cinco pilares: tem que ser comprometida, tem que ser capacitada, tem que ser motivada, monitorada e tem que ser muito bem estruturada para ir além das expectativas do consumidor.”

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.

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