Polícia

Policial é indiciado por uso indevido do Infoseg

Entre os nomes apresentados pelo solicitante da consulta no Infoseg, estava Anderson da Silva Santos, secretário municipal de Articulação Política da Prefeitura de Camaçari

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O delegado Charles Antônio Leão Gomes, coordenador do Grupo Especializado de Repressão aos Crimes Eletrônicos (GME), indiciou em inquérito, por crime de violação de segredo profissional (Artigo 154 do Código Penal), o policial rodoviário federal Antônio Carlos de Almeida Souza, que usou indevidamente o Infoseg – ferramenta de uso exclusivo da atividade policial – para obter, a pedido de um amigo, informações sobre quatro pessoas que estariam ameaçando-o. Lotado na 10ª SPRF, em Ilhéus, o policial foi interrogado por meio de carta precatória e confessou o delito, alegando que prestara um favor a um amigo, o qual não mantinha contato há 28 anos.
 
Entre os nomes apresentados pelo solicitante da consulta no Infoseg, estava Anderson da Silva Santos, secretário municipal de Articulação Política da Prefeitura de Camaçari, que segundo apuraram os investigadores do GME, tem um homônimo, suspeito de furto, com passagem pela Delegacia Territorial (DT) de Barreiras. Dias após o policial rodoviário ter encaminhado, via e-mail, o resultado da consulta para o amigo, foi postado no Facebook, um perfil falso do secretário municipal, trazendo sua fotografia e informações inverídicas.
 
Consta na montagem caluniosa que o secretário já fora conduzido para uma delegacia de polícia, por envolvimento em crime contra o patrimônio, tendo ele procurado o GME para registrar um boletim de ocorrência, ao saber do falso perfil. As investigações conduzidas pelo delegado Charles Leão indicaram que a fraude tinha cunho político, e possibilitaram a identificação de dois internautas, ambos opositores políticos de Anderson. 
 
Interrogados no GME, Fernando Cláudio Guimarães Moreira, assessor parlamentar da Câmara Municipal de Camaçari, e Cleiton dos Santos Pereira, agente de fiscalização de trânsito de Camaçari, serão indiciados por crime contra a honra. O delegado Charles Leão já solicitou aos gestores do Facebook a retirada do falso perfil do secretário municipal, mantido na pagina há, pelo menos, seis meses.  As informações são da Polícia Civil.
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