Feira de Santana

Diretor da Casa da Paz é preso pela PF em operação contra fraude na Campanha do Desarmamento

Durante a operação foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão, seis mandados de prisão temporária e cinco mandados de condução coercitiva.

Andrea Trindade
 
A Polícia Federal realizou na manhã desta quinta-feira (28) uma operação com o objetivo de desarticular uma suposta organização criminosa que fraudava o programa federal denominado Campanha do Desarmamento. Durante a operação, foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão, seis mandados de prisão temporária e cinco mandados de condução coercitiva nas cidades de Feira de Santana, Cícero Dantas e Antas, na Bahia, e Fortaleza no Ceará. Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Federal de Feira de Santana. 


Foto: Divulgação (Clóvis Nunes)

 
Entre os presos estão o coordenador nacional da ONG Mov Paz Brasil e diretor da Casa da Paz, Clóvis Nunes, que foi encontrado em Fortaleza e terá que retornar para Feira de Santana, e o irmão dele, que foi preso na manhã desta quinta-feira, na casa onde mora.
 
 
Também foi cumprido um mandado de busca e apreensão na casa do Coronel Martinho, da Polícia Militar. No local foi encontrada uma arma sem documentação e ele foi detido. Durante uma entrevista coletiva que será realizada na tarde de hoje no Posto da PF, na avenida Maria Quitéria, a polícia vai informar o motivo do mandado na casa do policial. 
 
No programa de desarmamento, as pessoas entregavam suas armas de fogo e eram indenizadas com um valor que varia de R$ 150 a R$ 400, a depender do calibre. Em Feira de Santana, o Posto de Entrega voluntária de armas e munições fica na Casa da Paz, no conjunto Feira V, onde mais de quatro mil armas já foram entregues. 
 
A fraude
 
De acordo com a Polícia Federal,  estava sendo investigada a inserção fraudulenta, no Sistema Desarma, de dados de armas inexistentes e de cadastramento de armas artesanais como se fossem de fabricação industrial com a finalidade de gerar guias de pagamento das indenizações, causando prejuízo à União, no valor de aproximadamente R$ 1,3 milhão.
 
Durante a investigação, a PF apurou que das “oito mil e oitocentas armas de fogo que geraram indenizações no Sistema Desarma, quatro mil não existiam e outras quatro mil e quatrocentas eram de fabricação artesanal, não dando ensejo a qualquer tipo de pagamento nos termos da legislação federal em vigor”.
 
A Polícia Federal apurou também que o suposto núcleo criminoso responsável pela fraude era constituído pelo coordenador nacional da ONG Movpaz Brasil, e por voluntários, inclusive o irmão dele, que atuava na Casa da Paz, em Feira de Santana, além de outros estados da federação.
 
Com informações do repórter Ed santos do programa Acorda Cidade.
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