Daniela Cardoso
O diretor do Sindicato dos Enfermeiros de Feira de Santana, Edklércio Mendonça, em entrevista ao Acorda Cidade, falou sobre a insatisfação denunciada pelos funcionários do Hospital Estadual da Criança (HEC) em Feira de Santana, com a nova administração do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip).
Ele informou que foi procurado por diversos funcionários do HEC, que relataram estarem constrangidos pelas condições de trabalho impostas pelo Imip e denunciaram várias situações que estão ocorrendo, como o aumento de óbitos no HEC e a falta de atendimento.
“Os profissionais estão sendo submetidos a arrogância que é imposta pelo Estado e agora pelo Imip. Houve redução salarial e eles estão sendo ameaçados que a partir de dezembro, o direito ao almoço será descontado 2% do valor salarial”, disse Ediklércio, que fez ainda outra denúncia: “Se o horário do profissional é a tarde e o funcionário da noite faltar, o da tarde tem que dobrar o plantão, sem direito a comer. Absurdos sem justificativas estão sendo promovidos”, ressaltou.
O diretor do sindicato ainda disse que a instituto está reduzindo o atendimento na emergência do hospital, diminuindo materiais e reduzindo leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
“O Imip reduziu a potencialidade do hospital, aumentou os custos para o Estado, que renovou essa contratação no valor de 130 milhões de reais. As UTIs são tão escassas e o hospital ainda reduziu de 10 para cinco. O HEC era pra estar funcionando desde 2011 com 240 leitos e só funcionam 96. Agora estão reduzindo ainda mais”, afirmou.
Segundo Ediklércio, o secretário estadual de Saúde, Jorge Solla, em uma reunião realizada há cerca de um mês, teria direcionado que vai reduzir a idade para o atendimento no HEC.
Gestão de consultoria – De acordo com Edklércio Mendonça, o Estado contratou outra gestão de consultoria para auxiliar o Imip na gerência do HEC. Ele afirmou que, desse modo, é mais dinheiro público usado para administração do hospital.
“Há dois dias já temos um novo diretor, que durante a reunião se disponibilizou a abrir um canal de diálogo com os funcionários, então está sendo feitas comissões que vão discutir as situações para tentar resolver. O sindicado vai acompanhar as discussões. Vamos fazer uma denúncia ao Ministério Público e solicitar o contrato do Imip, junto ao Estado, porque temos certeza das irregularidades que estão sendo promovidas”, finalizou. As informações são do repórter Ney Silva, do Acorda Cidade.
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