Roberta Costa
Feira de Santana
Empresa não tinha material de prevenção e combate a incêndios; chamas começaram no subsolo
Até o momento, o Corpo de Bombeiros não controlou totalmente as chamas; uma retroescavadeira foi utilizada para facilitar a ação
A sede da empresa Sodine, que ficou totalmente destruída após um incêndio que começou por volta das 4h da manhã desta terça-feira (02), não possuía nenhum tipo de material preventivo e de combate a incêndios.
A informação é do capitão Adriano Bertolino, do 2º Grupamento de Bombeiros Militar (GBM) de Feira de Santana, que comanda a operação.
“As pessoas acham que o Corpo de Bombeiros é a solução para tudo. Quando chegamos, o incêndio já tinha uma grande proporção, o que poderia ser evitado se a empresa tivesse algum tipo de material preventivo”.
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A principal preocupação do Corpo de Bombeiros é que as chamas não atinjam outras lojas.
Preocupados, os funcionários da loja vizinha à Sodine, Moto Clube Honda, tentaram apagar as chamas e reclamaram do trabalho e da falta de preparo dos bombeiros no combate ao incêndio.
“Não são as pessoas, é a estrutura. Imagine um incêndio desses na Sales Barbosa? A cidade não tem hidrantes, as pessoas saíram desesperadas, tentando salvar tudo que pudessem e desligamos a energia da loja para não ter risco de curto circuito”, disse o funcionário Luis Claudio.
Foco – O incêndio começou no subsolo da empresa, o que dificultou o trabalho. Uma retroescavadeira foi utilizada para derrubar a estrutura que ainda restava da empresa.
“Com isso, vamos abafar as chamas e assim que estiverem debeladas, será feita a remoção e o rescaldo para finalizar o trabalho, que ficou mais difícil, pois não tínhamos como fazer o combate direto ao incêndio. Nós pedimos que os homens se retirassem, porque havia o risco de desabamento. Se eles ficassem lá dentro, sairiam feridos”.
Hidrantes – Na região que aconteceu o incêndio, Avenida José Falcão, não há hidrantes, um problema recorrente no município de Feira de Santana.
Falta de água – “O combate a incêndios não é feito apenas com água”, diz Bertolino. “Nesse caso específico, tivemos que abafar as chamas. O fogo se alastrou, pois a empresa trabalha com papelaria”, considerou.
Os bombeiros tiveram a ajuda de um carro tanque do 35º Batalhão de Infantaria (35º BI) e outro da Via Bahia.
“Falta de água geralmente tem, mas não tivemos dificuldades com água. Estamos trabalhando com todo o nosso efetivo (20 bombeiros) e o apoio do 35º BI. Mas, reconhecemos que se não fosse esse apoio, teríamos que sair do local para fazer o abastecimento”.
No momento do incêndio não havia funcionários na empresa. Só após a conclusão do trabalho de combate às chamas, a perícia será iniciada.
Fotos: Paulo José / Acorda Cidade
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